Adversário do Botafogo na última rodada da Taça Guanabara, no próximo domingo, o Macaé tem apenas um ponto no Campeonato Carioca e já está rebaixado para a Série A2. O clube convive com problemas financeiros e teve um protesto inusitado de seus jogadores na rodada passada.
No último sábado, na derrota para o Madureira por 4 a 2 em Conselheiro Galvão, os jogadores do Macaé se sentaram no gramado antes da bola rolar, em protesto pela falta de dinheiro. Segundo o jornalista Tiago Ferreira, jogadores não recebem salários desde janeiro e a ordem do protesto partiu da própria diretoria.
O Macaé também convive com problemas para treinar, já que não pode fazer suas atividades na cidade em virtude de decretos para conter a pandemia da Covid-19. O clube ficou concentrado em Xerém durante boa parte da competição.
Outro problema foi o fato de não poder o Estádio Moacyrzão, que precisa de reparos para ser liberado pelos órgãos competentes. Por conta disso, ele mandou suas partidas em três locais diferentes: Eduardo Guinle (Nova Friburgo), Los Larios (Xerém) e Elcyr Resende (Bacaxá).
A má campanha tambem provocou uma verdadeira ciranda de treinadores. O Macaé já está com o quarto comandante diferente, Luciano Lamoglia, depois de Eduardo Allax, Charles de Almeida e Dário Lourenço. Alguns titulares já deixaram o elenco, como o goleiro Milton Raphael – ex-Botafogo – e o atacante Lopeu.
Com o rebaixamento já consumado, o Macaé disputa ainda este ano a Série A2 do Carioca, a partir de junho. Porém, dada às dificuldades financeiras, o clube cogita até mesmo pedir licença à Federação, ficando assim dois anos sem atuar profissionalmente, de acordo com o apresentador Edilson Silva, do programa “Os Donos da Bola”.