PVC compara caso do Botafogo de Textor com Eagle ao do Vasco com 777: ‘Você diz ao investidor estrangeiro que não há segurança jurídica no Brasil’

PVC compara caso do Botafogo de Textor com Eagle ao do Vasco com 777: ‘Você diz ao investidor estrangeiro que não há segurança jurídica no Brasil’
Reprodução/UOL Esporte

Em live no programa “Finanças do Esporte“, do UOL, nesta sexta-feira (1/8), o jornalista Paulo Vinicius Coelho comparou a situação do Botafogo de John Textor com a Eagle Football à do Vasco com a 777 Partners. Ele apontou uma possível insegurança jurídica para investidores estrangeiros.

A interferência do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro não é igual, mas é semelhante à ação do Vasco com a 777. O Vasco alegava que “a 777 está quebrada, eu preciso proteger o meu patrimônio, eu não posso deixar entrar na massa falida do Vasco”. É diferente do caso do Textor, o caso da Eagle, mas em comum tem a questão de que você está dizendo para o investidor estrangeiro, no caso, a Eagle, que se você vier para o ambiente jurídico do Brasil você não tem segurança que as suas ações não vão ser congeladas ou que você não vai passar o controle acionário para o sócio minoritário. Que não é o Textor no caso. O Textor era sócio da Eagle e agora está nesse processo. É diferente da 777, mas tem essa semelhança. Ou seja, o Tribunal de Justiça do Rio dá garantia para quem está em uma disputa. Você diz, “olha lá, o meu sócio lá em cima, ele vai quebrar e eu não posso deixar o meu patrimônio entrar no meio da massa falida” – argumentou PVC.

O comentarista deu sua opinião sobre o modelo SAF.

Eu estou aqui para colocar só essa questão de que a gente sempre disse, sempre tratou aqui, como SAF não é milagre. SAF é um modelo de negócio. Vai ter gente que vai quebrar e vai ter gente que vai ter sucesso. E vai ter gente que vai ser um sucesso e depois vai quebrar. Por exemplo, eu dou sempre o exemplo do Atlético Madrid e do Deportivo La Coruña. O primeiro campeão SAF foi o Atlético de Madrid. Quatro anos depois, o La Coruña era o segundo campeão SAF e o Atlético de Madrid tinha caído para a segunda divisão. E aqui está acontecendo, o ano passado foi o ano das SAFs. A final da Libertadores foi entre uma SAF, Botafogo, e uma SAF, Atlético Mineiro. E a outra SAF, Cruzeiro, foi finalista da Copa Sul-Americana. E o Botafogo SAF foi campeão brasileiro. A gente está vendo que tem problemas para se solucionarem entre Botafogo e Eagle, Vasco e 777. Diferentes com algumas semelhanças em relação a garantir que o meu parceiro quebre e eu não entre nessa massa – encerrou.

Fonte: Redação FogãoNET e UOL

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