Rafael Carioca não esconde ser torcedor do Botafogo. Livre no mercado após sair do Tigres, do México, o volante deu entrevista ao “Charla Podcast” na última sexta-feira (27/6) e contou seu sentimento.
– Meu time de coração é o Botafogo. Meu pai (Rogério) jogou no Botafogo e hoje tem 70 anos. O pai jogador… Igual, hoje eu pergunto para meu filho: ‘Qual seu time no México?’. Ele vai falar Tigres. Só que isso não quer dizer (algo). Eu joguei no Vasco. Não tem nada a ver. Se eu jogar no Flamengo, sendo botafoguense, não existe quando você entra ali, Eu estava no Galo, jogava contra o Botafogo direto. Tinha que dar a vida. É (por causa) de 1995 (a torcida pelo Botafogo). Eu gostava de Sérgio Manoel; Túlio, quando ganhou o Brasileiro naquela época; Gonçalves; Donizete Pantera, que é até meu amigo – disse Rafael Carioca.
O jogador esteve próximo de atuar pelo Botafogo, mas não houve liberação do Tigres.
– Se eu não me engano, há uns dois, três anos, eles fizeram um contato. Acabou que não deu certo. Acho que o Tigres também, na época, não liberou. Estava na transição do Textor, para virar SAF, acabou que não deu certo. Já estive para sair do Tigres umas 20 vezes, sem sacanagem. Quando estava perto, os caras só davam ‘bala juca’. Quando estava quase, se não, no contrário, os caras pediam dinheiro absurdo ou pagamento à vista – recordou.
E hoje Rafael Carioca ainda sonha em jogar pelo Botafogo? Ele respondeu.
– Pô, cara, a gente quando a gente torce para um clube, o sonho… Pô, se a gente falar ‘Ah, não, pô, não penso’ é mentira. A minha carreira é maravilhosa. Tipo assim, jogar no Botafogo seria algo extraordinário. Tem muitos times também no Brasil que você fala que jogaria, tem muito time pesado, muita camisa pesada – explicou.
O volante ainda recordou a final da Libertadores, vencida pelo Botafogo sobre o Atlético-MG, em 2024.
– Na hora da expulsão, acho que todo botafoguense falou: ‘Acabou, já era’. Foi maneiro que ele (Artur Jorge) não mudou o time, manteve a base. Foi sinistro, irmão. Ali, de verdade, jogar com um a menos a final da Libertadores? Tá maluco. Muito tempo jogando com um a menos. No futebol mundial… Os pontas batendo lá atrás, saindo. Acho que se o Galo acelera um pouco, dava ruim. Acho que eles respeitaram muito. Saiu o gol do Vargas logo no começo. Estava 2 a 0. Eu falei: ‘Os caras vão vir para cima com tudo’. Estava no México, indo treinar, vendo no telefone, quase batendo (o carro). Ficava o tempo todo: ‘Meu Deus do céu’. No vestiário, estavam todos vendo. Meu filho me ligando e tudo. Aí o gol do Júnior Santos fechou – encerrou.