Próximo de Jeffinho no tempo em que esteve no Botafogo, Rafael deixou conselhos publicamente para o jovem em entrevista ao podcast “Super Mundo GV”. O ex-lateral deu a entender que o ponta “gosta de festa” e que não é de ouvir os mais experientes.
– O problema dos jogadores hoje, dos jovens, de vários jovens, é que os caras só querem culpar os outros, irmão. Tipo assim, “ah, não, porque o médico me operou errado. Ah, não, porque os fisios (fisioterapeutas) aqui são uma merda”. Pô, que isso? Isso não existe, irmão. Não, e vai além. Esse “tem que viver” é que acaba com as paradas. Pô, tem que viver o quê? Tu não pode viver um pouquinho depois? Pode viver dentro de casa, porra. Aí a resposta do cara pra tu vai ser assim. “Mas eu posso morrer amanhã.”, É uma resposta boa. Mas, pô, peraí – iniciou Rafael.
– Quem está sofrendo muito disso hoje é um cara que eu amo. Que eu amo mesmo. Acho um jogador do caralho que está sofrendo muito. É o Jeffinho, pô, do Botafogo. Mas ele está sofrendo disso. Só que o problema é que às vezes ele quer discutir uma parada que, tipo assim, irmão, não dá. Não cabe. O Jeffinho está há quanto tempo sem conseguir voltar a jogar? Um tempão, não é? Infelizmente, para ele. Porque é um cara que gosta de festa. E eu não critico ele gostar de festa. Ele tem que segurar, irmão. Ele tem que ficar na dele e falar assim, “vou voltar a jogar e tentar fazer”. Mas é isso, pô. Então não dá pra ele, tipo assim, querer discutir com uma parada que não tem como – afirmou.
Rafael se aprofundou mais no assunto e deu exemplos.
– Jeffinho é um cara que eu gosto muito, tá? Ele é muito gente boa. Só que o Jeffinho é um cara, se ele estiver escutando, eu quero até que ele escute isso. Irmão, ele é um cara que ele é tu fala uma coisa pra ele, ele vai te responder cem. Entendeu? Então é difícil. “Pô, Jeffinho. Não faz isso”. “Ah, não, mas eu faço por isso, isso, isso, isso, isso, isso, isso”. Tipo, cem coisas, entendeu? Isso é ruim. Isso eu acho ruim. Mas é um cara sensato. Não é um cara burro. Muito do bem. E bom de bola, tá? Bom de bola para caceta. Joga muito. Só que tipo assim, eu acho que esses caras às vezes tem que ser menos cabeça dura. Quando alguém mais velho falar, eles não podem sempre achar que tem resposta para tudo. Às vezes o cara está falando até merda. Às vezes eu posso estar falando merda aqui. Mas você escuta, escuta e tipo, “tá bom”. Analisa alguma coisa que pode ser boa e pronto, irmão. Escuta e filtra – completou Rafael.