Jogador querido e identificado com o Botafogo, Rafael participou do programa “Resenha”, da ESPN, exibido na madrugada deste sábado. O lateral recordou como foi sua chegada e celebrou a evolução do clube, hoje líder do Campeonato Brasileiro.
– Nem nos meus melhores sonhos ia achar que em dois anos o Botafogo ia estar disputando o título. Quando cheguei, estava na Série B, foi só melhorando. Infelizmente tive as duas lesões mais graves da minha carreira, no tendão de Aquiles e no tendão patelar, raras no futebol, mas ver o Botafogo disputar o título jogando seria gostoso, sem jogar também é muito bom – afirmou Rafael, que recordou a grande atuação que teve na vitória sobre o Palmeiras.
– Nesse dia estava inspirado. Contra o Dudu que, para mim, é um craque. Foi um jogo muito importante para nós, de transição. Estávamos desacreditados até esse jogo, depois todo mundo começou a acreditar. Esse 1 a 0 foi muito importante, ainda mais na casa deles – comentou.
A lesão veio no clássico com o Vasco e deve fazer Rafael voltar a jogar apenas no ano que vem. Após a vitória, os jogadores homenagearam o lateral-direito.
– Vejo aquele vídeo e fico até emocionado. Feliz, porque é gratificante ver o carinho, sempre passaram energia boa. Futebol também vive de energia, tentar passar o que viveu de forma boa. Passei por momentos difíceis, fiquei no banco, mas tentava passar energia para todo mundo. Fico feliz com isso, vou ficar mais feliz com o título, se Deus quiser – destacou.
Com carreira construída na Europa, Rafael contou como foi voltar ao Brasil.
– Querendo ou não, a cultura é diferente, temos que nos adaptar. Tentei me adaptar ao futebol inglês, quando voltei foi uma nova readaptação. Não foi fácil não. Porque lá o futebol é menos agressivo, há menos faltas. Foi meio difícil no começo. Os contatos lá não são faltas, aqui são muito mais. Se bem que acho mudou bastante, mas tem diferença – explicou Rafael, que vê características de times europeus no Botafogo.
– O Botafogo contratou bastantes jogadores da Europa, que estavam atuando lá, ou da Arábia. Acho que agregou bastante. O Botafogo tem um pezinho no estilo europeu, nos jogadores, na qualidade, na capacidade dos jogadores. Tem algo sim – finalizou.
