Comentarista conhecido por gostar da parte tática do futebol, Raphael Rezende identificou problemas no Botafogo de Marcelo Chamusca, sobretudo após a eliminação da Copa do Brasil para o ABC. No programa “Troca de Passes”, do “SporTV”, o jornalista apontou erros.
– A sobrevida (no jogo) é que foi surpreendente, no último lance. A origem dos problemas é um time que compete pouco, não ataca em velocidade e não agride sem ela, para ter desarmes e recuperações. Isso passa pelo elenco, como casar isso com jogadores de cadência e organização? Daí vem a tentativa de utilização de Luiz Otávio, que já está muito marcado. Para atacar Série B de maneira mais competitiva, precisa de duas ou três mudanças no time titular, que façam acelerar com a bola e competir sem ela. É muito fácil para adversário encontrar espaços contra o Botafogo, aí a conta não fecha – explicou Raphael Rezende.
Para o comentarista, o Botafogo tem um enorme desafio pela frente.
– O foco é subir, só que o trabalho é muito mais pesado que parece. O paraquedas da Série A para Série B (acabou), se pode gastar menos, enfrentando ano que não começou em janeiro, não teve pré-temporada e tendo que reformular tudo do zero. É o pior dos mundos. Em 2020 foi a pior participação do Botafogo no Brasileiro, 2021 é mais difícil que o ano anterior. O torcedor está incomodado, não aguenta mais passar por anos como esse, de pouca representatividade e não conseguir competir. Reestruturar em 2021 é muito difícil, sem a cota de TV da Série A. O Cruzeiro não voltou. Isso vai ser cada vez mais realidade. Para quem der os passos, eliminações traumáticas como essa fazem parte para o processo, mas o torcedor quer resposta imediata – completou.