A reação do centroavante Arthur Cabral, do Botafogo, ao sofrer um pênalti claro de Mercado, do Internacional, que foi sonegado pela arbitragem chamou a atenção dos comentaristas do programa “Equipe F“, da “ESPN“. O camisa 98 quase não reclamou de ter sido agarrado no último sábado (4/10) no Beira-Rio.
Comentarista de arbitragem presente no programa, Carlos Eugênio Simon afirmou que os jogadores não devem reclamar em campo das decisões, mas admitiu que a fase é tão ruim da arbitragem que o “choro” passou a ter influência.
– Chama a atenção [a reação de Arthur Cabral], mas não é a saída. O jogador também não está lá para reclamar, e o árbitro não pode ser vulnerável a ponto de qualquer jogador que protesta ceder. É um árbitro da Fifa, portanto, tem que impor respeito, autoridade. Mas é evidente, nós estamos num campeonato que é aquela musiquinha do Carnaval: quem não chora não mama. Está todo mundo chorando. Quando a regra é essa, o que vai fazer? Vai ter que chorar, vai ter que gritar. Outro dia foi dado um pênalti em que o jogador fez o árbitro ir no VAR – relembrou Simon.
O ex-árbitro provavelmente estava se referindo ao pênalti dado para o Grêmio contra o próprio Botafogo, quando Kannemann, descontrolado, pediu ao árbitro Lucas Paulo Torezin que fosse rever um possível toque no braço de Matheus Martins. O VAR Ilbert Estevam da Silva (SP) – afastado neste domingo após trabalhar em São Paulo x Palmeiras – recomendou revisão, e o árbitro marcou a infração.
– Enfim, o Campeonato Brasileiro está desse jeito. A arbitragem está no fundo do poço. Toda rodada é polêmica em cima de polêmica. Evidentemente que essa questão aí, os treinadores, os jogadores, os torcedores, está todo mundo reclamando. E até chama a atenção quando o jogador tem uma atitude dessa, baixa a cabeça, sofre uma penalidade máxima e não contesta, não reclama – completou Simon.