O técnico do Grêmio, Renato Gaúcho, concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira (6/10) para falar sobre o clássico contra o Internacional, no próximo domingo, no Beira-Rio. O Tricolor Gaúcho é o terceiro colocado no Campeonato Brasileiro-2023, a oito pontos do líder Botafogo, e Renato falou por alguns minutos sobre a situação do Glorioso, dizendo que a briga pelo título está totalmente aberta.
– O Campeonato Brasileiro é longo, é difícil. Dificilmente uma equipe dispara e vai até o final do campeonato, sempre vai haver um tropeço. Agora, uma preocupação a mais para o Botafogo, pelo menos na minha opinião, é que outros grandes clubes e grandes equipes entram na briga. É o caso do Flamengo, que está só no Brasileiro, é o caso do Palmeiras, que saiu da Libertadores e vai focar mais do que nunca no Brasileiro. Então, são mais adversários que o Botafogo vai encontrar pela frente – disse Renato.
Renato Gaúcho foi perguntado também sobre o momento de instabilidade do Botafogo, que teve troca de comando durante a semana, com a demissão de Bruno Lage. E disse que a aproximação de rivais na tabela pode afetar o emocional do time alvinegro.
– Em relação à troca de técnicos, aí é problema do clube, não sei o que se passou… Mas é aquela vontade, de você estar bem na frente, com muita gordura, e de repente durante o campeonato você vai perdendo essa gordura e uma boa parte da torcida já não acredita mais no título, aí vem a cobrança, que é normal num grande clube, principalmente quando eles estavam com aquela gordura toda e todos cravavam que o Botafogo ia ser campeão. Em se tratando de futebol, você não pode falar que é campeão enquanto não garantir matematicamente – afirmou Renato, encerrando:
– Faltam 13 jogos, muita coisa ainda pela frente, são 39 pontos a serem disputados, são grandes equipes que entram juntamente com o Grêmio e com outras equipes que estavam chegando próximo do Botafogo. No momento que você joga com essa gordura toda, você olha no retrovisor e vê um adversário muito distante, te dá tranquilidade, a bola não queima no teu pé, você comete um erro, o torcedor entende e te aplaude. Outra coisa é olhar no retrovisor, ver uma galera chegando e aí começa a dar desespero. Aí começa a errar, a torcida começa a cobrar, a bola começa a queimar no pé, os adversários começam a se aproximar, você não joga mais com aquela tranquilidade que você estava jogando lá atrás… É reta final, tem muita coisa para acontecer, enquanto houver chances temos que correr atrás do título, porque no futebol tudo é possível.