Depois de uma semana de treinos na Califórnia, o Botafogo estreia na Copa do Mundo de Clubes neste domingo (15/6), contra o Seattle Sounders, no Lumen Field, em Seattle. Neste sábado, o técnico Renato Paiva concedeu entrevista coletiva no palco da partida e destacou que, para vencer a ansiedade da estreia, o caminho é manter a identidade construída.
– Eu escuto muitas vezes as pessoas falarem isso, da ansiedade, como é que vamos fazer com a ansiedade? Vamos aceitá-la naturalmente. É a primeira competição que se faz deste género, é o primeiro Mundial de Clubes, estão aqui 32 equipes, estamos numa elite do futebol mundial, como é que não vai haver ansiedade? Realmente vai haver ansiedade, e eu acho que a melhor forma de controlar a ansiedade é saber viver com ela, e é saber que ela existe, não é estar um elefante na sala e você dizer que está tudo bem – iniciou.
– É não mudar o trabalho que estamos fazendo e que está fazendo os jogadores crescerem. É sermos nós próprios. Nosso desafio é, independentemente de quem esteja do outro lado, respeitarmos a nós mesmos. Respeitar o nosso torcedor, a identidade do clube e os jogadores. É pôr em prática o que colocamos desde o primeiro dia. Eles sabem o que têm que fazer nas diversas fases do jogo. Quando a bola rolar, eu sou sincero, acabou a ansiedade. Acabou o que é externo. O treinador é igual – completou Paiva, em declarações reproduzidas pelo “GE”.
Renato Paiva destacou a excelente semana de treinos, um momento raro em meio ao calendário brasileiro.
– Para quem treina tão pouco, tudo foi aproveitado de fato nestes cinco treinos que nós fizemos para relembrar algumas coisas que se estavam se perdendo e que se notavam nos jogos, em especial que íamos fazendo no Brasileirão. Algumas coisas do nosso jogo, comportamentos que se estavam se perdendo por falta de treino. E nós agora podemos focar essencialmente no nosso jogo, naquilo que nós queremos. Até porque chegaram os jogadores novos e precisamos exatamente trabalhar esses detalhes, reforçá-los com os que aqui já estavam e apresentá-los aos que chegaram, para que nós amanhã possamos ser nós mesmos – disse Paiva.
– Esse é o nosso maior objetivo, é sermos nós mesmos amanhã. Portanto, feliz, muito feliz por voltar a treinar, por voltar a ver os meus jogadores desfrutando o treino. Porque eles são de fato grandes profissionais e gostam de treinar até demais. Às vezes têm de cortar alguns por causa das questões físicas, mas de fato feliz por voltar aos treinos e por ter tempo para preparar os jogos – encerrou.