O Botafogo entra mais leve e menos pressionado nas principais competições de 2025 por ser o atual campeão brasileiro e da Libertadores? Na opinião de Renato Paiva, não. O treinador português tem ambição por mais conquistas.
– Olha, leve nem eu sou. No futebol, para mim, não há leveza. A única leveza que existe no futebol é que o jogador desfrute enquanto joga e que o torcedor desfruta ver a sua equipe a jogar. A única leveza que eu quero é sentir os meus jogadores felizes, orgulhosos, com sorriso no rosto e jogar com prazer, porque foi isso que eles quiseram desde pequeninos. E que o nosso torcedor tenha esse prazer e essa leveza de ver o Botafogo jogar. Daí para a frente não há leveza nenhuma. E se pudermos ganhar cinco Libertadores seguidas, vamos ganhar cinco Libertadores seguidas. E jogo após jogo. O próximo já é de Libertadores, é para ganhar. E a seguir é de Brasileiro, é para ganhar. E esta casa será sempre assim. Foi até eu chegar, eu chego, já está assim, eu sou assim também, portanto leveza, não, nós queremos sempre mais. Esse é o desafio. O desafio é, muitas das vezes é fácil chegar, manter é que é difícil. Esse é o desafio para um grupo de fato extraordinário. Leveza não vejo, vejo uma ambição enorme nos olhos deles, nas caras deles de querer mais. Se vamos conseguir ou não, não lhe consigo responder, mas vamos trabalhar muito, vamos jogar muito para que isso aconteça, sabendo sempre que do outro lado há outras equipas que querem o mesmo que nós. E sendo o futebol um jogo de oposição, há coisas que nós não controlamos. A vontade, o querer e a ambição estão cá em todos os segundos dos dias de trabalho desta equipa. Desde que chegamos às 7h da manhã, até sairmos do clube, nós, staff e jogadores, ambição total para querer ganha tudo – garantiu.
O técnico português, por exemplo, explicou por que não se satisfez neste domingo (30/3) com o empate em 0 a 0 com o Palmeiras, na estreia no Campeonato Brasileiro.
– Não é questão de eu não concordar com o resultado, eu concordo sempre com os resultados, acho que os resultados são sempre justos, sempre. O que eu digo é que não fiquei satisfeito com o resultado enquanto treinador. Nós viemos aqui para ganhar, como vamos a qualquer campo. Uma questão de concordar é uma questão de não estar satisfeito com o resultado, porque de fato nós viemos para ganhar. Depois olhamos para um jogo em que eu acho que teve mais momentos de Botafogo, depois teve alguns momentos de Palmeiras em que soubemos sofrer. Cometemos um erro num lance em que estávamos preparados para defender, e foi praticamente a única falha que os meus jogadores tiveram, foi exatamente o lance em que o Flaco se isola, mas temos um craque lá atrás também, são todos craques e temos o John que resolveu. Estou de acordo, se olharmos para aquilo que é o merecer no futebol e para os 90 minutos, sinto que a nossa equipe foi mais compacta, foi mais completa nos vários momentos do jogo – apontou Renato Paiva, que ainda destacou o lado mental.
– Psicologicamente, sinto que sim, sinto que a equipe chegou aqui, era fácil, ou poderia esperar-se que depois do início da época que o Botafogo teve, pudesse entrar aqui com algumas dúvidas, ainda por cima de um jogo contra o Palmeiras no Allianz. Acho que ficou claramente provado que os jogadores são muito fortes psicologicamente, demonstraram isso, demonstraram querer, uma atitude muito grande, uma vontade muito grande de ganhar o jogo, portanto muito orgulhoso com aquilo que eles fizeram aqui – finalizou.
