No Dia do Goleiro, dia de nascimento de Manga, o Botafogo voltou a vencer. E sem sofrer gols. A vitória por 2 a 0 sobre o Fluminense foi importante para o time e para o goleiro John, que vinha de falha em jogo com o Estudiantes pela Libertadores.
Os temas foram comentados pelo técnico Renato Paiva em entrevista coletiva.
– De fato, se calhar não, tenho a certeza que o Manga onde estiver nos ajudou bastante, pelo menos a inspirar estes jogadores. É de fato um dia importante, o dia do goleiro e de fato lembramos que era bom ganhar neste momento porque o Manga deixou-nos e deixou um legado muito grande não só no Botafogo como no futebol brasileiro dentro daquilo que é o posto específico de goleiro. Ficamos felizes por ganhar um clássico e em casa, fazemos a oitava vitória contra o Fluminense, que eu acho que são números importantes também. Estes clássicos muitas vezes costuma-se dizer as finais e os clássicos não se jogam, ganham-se. Felizmente nós jogamos e ganhamos. E há uma coisa que às vezes e não é do futebol é da sociedade e da nossa vida que nós não temos que é a memória. Infelizmente a memória muita gente não tem. Não tem de onde é que veio, como é que chegou, quem era, o que fez, o que fizeram e por aí fora. E a memória é um valor importante nas nossas vidas. Convém não esquecermos – declarou Renato Paiva.
– E eu estou a falar do John porque foi o mesmo que no jogo com o Palmeiras no último minuto, ou a 10 minutos ou a 5 minutos do fim, fez uma defesa extraordinária. E foi o mesmo que o ano passado foi determinante em vários jogos. Portanto eu enquanto goleiro não vou deixar entrar gols, certeza, porque eu não jogo lá. Também não falho pênaltis. Quando um jogador meu falhar um pênalti, por exemplo, ou falhar um corte, faz parte. Eles jogam, estão sujeitos a uma pressão tremenda e o goleiro tem um problema grave em relação a todos os outros. É que quando falha normalmente é gol e depois cai o peso todo em cima dele. Não. Aquilo que fizemos foi acarinhar o John. Sabemos bem quem ele é, sabemos o que ele representa para o grupo, sabemos o que ele representa para o futebol brasileiro e portanto acarinhá-lo porque não vamos por um erro crucificar ninguém. Porque ninguém é infalível nem no futebol nem na vida. E portanto nós temos memória e a partir daí o John é um mais um daqueles que vai fazer tudo por tudo para que o Botafogo jogue e continue a ganhar – destacou.
