Técnico do Botafogo, Renato Paiva tem uma estatística impressionante. Ele nunca foi demitido na carreira, como foi lembrado no programa “Bola da Vez”, da ESPN.
– Nunca. Pedi demissão no León e no Bahia, e no Toluca foi um ano de contrato, que se encerrou – explicou Paiva, que saiu do Benfica por uma proposta do Independiente Del Valle, de onde posteriormente foi para o León.
Um dos motivos é que o treinador português prioriza trabalhos de longo prazo e estuda o perfil do clube, como foi para acertar com Botafogo e Bahia, ambos do modelo SAF.
– Contou porque eu desde que saí do Benfica sempre disse que eu era um treinador de processo. Eu tive vários convites enquanto estive no Benfica para equipes, por exemplo, da primeira liga portuguesa. Eu entendia, olhando para o projeto, que não havia projeto. Havia demissões de mês a mês, quase. Há clubes que chegam a ter quatro treinadores na mesma época em Portugal. Então, eu sempre decidi que se os convites que viessem, eu sairia do Benfica para aquilo que era um projeto sustentável. – explicou.
– Então, eu fui saindo para projetos. Tinha que ser… Olhava sempre para trás, se havia um grande número de demissões não ia. E quando chegou o Bahia, quando chegou o Botafogo, o fato de serem SAFs e serem geridos desta forma exterior, quando há um passado de modus operandi e como estes grupos trabalham, obviamente influenciou. Mas também influenciou aquilo que eu sempre digo, ser um país melhor e maior ao nível de produção de talento no mundo, que é o Brasil – detalhou.