Renato Paiva, do Botafogo, sai em defesa de árbitros brasileiros e pede profissionalização: ‘Eles fazem muito’

Renato Paiva em Botafogo x Estudiantes | Libertadores 2025
Reprodução/TV Globo

Na contramão da maioria, Renato Paiva saiu em defesa da arbitragem do Brasil. Foi na entrevista coletiva após a vitória do Botafogo por 3 a 2 sobre o Estudiantes, na última quarta-feira, no Estádio Nilton Santos, pela Libertadores. O treinador pede a profissionalização e melhores condições para os juízes.

– Eu nunca falei de árbitros em relação à avaliação de lances. Porque eu não quero ser árbitro, porque há um árbitro para tomar decisões e um VAR. Há pessoas especializadas para isso e eu acho que muito pouca gente defende a arbitragem brasileira. É a minha opinião. Eu acho que muito pouca gente defende a arbitragem brasileira. Porque a arbitragem brasileira não é profissional. A arbitragem profissional, em vários países do mundo, em que o árbitro não faz mais nada que não seja preparar o próximo jogo, treinar níveis físicos, treinar, preparar-se para o jogo e não faz absolutamente mais nada. Agora imagine um árbitro que trabalha durante o dia e que ao final do dia tem que ir trabalhar seja em cima do jogo, seja a parte física. E eu pergunto, por exemplo, se tiveres que ir ser, Deus queira que não, levar uma cirurgia ao coração, tu vais escolher um médico com 20 anos de experiência profissional ou um médico que vai fazer uma operação de vez em quando? É óbvio, não é? Eu não quero ser radical em pôr em causa o que é a arbitragem e a vida de uma pessoa. Mas de fato, nós todos, em qualquer área, vamos sempre procurar o mais profissional possível. Então o que os árbitros fazem no Brasil, para mim, é a minha opinião, o que os árbitros fazem no Brasil dentro da preparação que eles têm, que não é profissional, muito fazem eles – apontou Renato Paiva.

– E vão se enganar. Vão. Vão se enganar. O árbitro vai se enganar. Quem já não se pode enganar tanto é o VAR, porque o VAR está sentadinho, tem imagens para trás, para a frente, não é? O árbitro não. O árbitro de repente vai apitar, passa-lhe um jogador pela frente, não viu e nós caímos todos em cima do árbitro. Agora que há VAR, o VAR existe para apoiar e para ajudar o árbitro. Portanto, nunca critiquei árbitros, nem vou criticar, é um trabalho dificílimo que eles têm, decidir em centésimas de segundo, graças a Deus veio o VAR para ajudar, às vezes não ajuda, pronto, mas isso já não é a minha questão. Agora eu acho que um campeonato deste nível e um país desta dimensão merece árbitros profissionais. Esta é a minha opinião – adicionou.

O treinador, por exemplo, preferiu não comentar muito sobre o pênalti marcado em toque involuntário de Gregore com o braço contra o Estudiantes.

– O que encontramos aqui no Libertadores são árbitros de diversos países, também tem VAR e também tem uma forma de decidir. O problema é sempre o critério. Se amanhã vires um lance destes, na Colômbia, entre uma equipe do Paraguai e do Chile, num lance igual, não marcam pênalti, aí é que começam os problemas. O problema é sempre no critério, percebes? É isto – explicou.

Fonte: Redação FogãoNET

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