Renato Paiva aponta falta de agressividade e insistência do Botafogo em tentar jogadas pelo meio contra o Bahia

Renato Paiva aponta falta de agressividade e insistência do Botafogo em tentar jogadas pelo meio contra o Bahia
Vitor Silva/Botafogo

Depois da derrota para o Bahia, o técnico Renato Paiva fez uma análise do que não gostou no Botafogo na partida deste sábado. O treinador alvinegro apontou falta de agressividade para atacar a linha defensiva adversária e mostrou-se insatisfeito com a insistência em jogadas pelo meio, ao invés de tentar mais pelas laterais.

– O plano de jogo passava muito por levar as bolas fora, porque o Bahia defende com uma linha de quatro atrás, mas que é fechada por dentro, depois uma linha de cinco médios e um jogador à frente. Sendo pouco agressivos na bola, esperam o erro do adversário zonal e o que nós devíamos ter feito mais vezes era agredir. Agredir ofensivamente essa linha de cinco para poder encontrar espaço, ou seja, para jogar por dentro, mas especialmente para encontrar fora, para depois de fora podermos ou carregar a área com cruzamentos ou fazer jogo fora-dentro, movimentando a equipe do Bahia já com seu bloco virado para sua baliza – analisou Paiva.

– Meu desespero era que muitas das vezes tínhamos essa bola para entrar fora e não entrava.
Entrava por dentro, sem mover esse bloco, e o que é que acontecia? O Bahia ganhava a bola e colocava-nos em transições. Portanto, tínhamos uma ideia muito clara que veio a se confirmar, eu nem preciso ver, vou ver obviamente, é o meu trabalho, mas não precisava ver o jogo outra vez para perceber o posicionamento do Bahia – completou.

Para o treinador, tais erros foram corrigidos no intervalo, mas o Botafogo não conseguiu marcar seu primeiro gol fora de casa sob seu comando.

– Na segunda parte corrigimos isso, com a primeira linha de construção a três fazendo saltar e agredindo essa linha de 5, em que tu tens que os mexer, senão não vais conseguir nem meter bolas por dentro, nem meter bolas por fora, ainda por cima eles mais baixos. Foi um bocadinho por aí o meu desespero de a bola não ter ido fora mais vezes do que deveria ter ido, para depois ou avançar por aí, ou mover a linha de 4 atrás e obrigá-la a sair para criar espaços dentro e não conseguimos. Esse, de fato, foi o problema. No primeiro tempo não conseguimos fazer, depois conseguimos no segundo, mas depois também já foi à base de cruzamentos e cruzamentos e cruzamentos, porque o Bahia baixou, montou uma linha de 5 atrás, e começou a ficar mais difícil – concluiu Paiva.

Fonte: Redação FogãoNET

Comentários