Renato Paiva fica chateado com André Rizek por usar termo ‘interferência’ de John Textor em seu trabalho no Botafogo, revela jornalista

André Rizek, no SporTV
Reprodução/SporTV

Renato Paiva não curtiu uma notícia trazida por André Rizek na última semana. O próprio jornalista foi quem revelou a história neste domingo (6/7), no programa “Fechamento SporTV“, quando voltou a falar da demissão do técnico do Botafogo.

O Renato Paiva, vou dividir esse bastidor com vocês, está chateado comigo porque usei a palavra interferência. Ele não gostou dessa palavra que usei quando dei a explicação, a maneira que li a demissão dele. Ele disse o seguinte “interferência é quando o dirigente diz para você fazer uma coisa e eu faço, e eu nunca fiz o que o Textor achava que eu deveria fazer na escalação, eu sempre fiz com as minhas convicções”. Eu usei o termo interferência pelo seguinte, o Textor já desde o Brasil, não sei se você se lembra daquele empate 0 a 0, Flamengo e Botafogo, e que o Botafogo na minha visão controlou o jogo, na do Paiva também, o Textor não gostou de ver o Botafogo escalado com o chamado três volantes. Ainda que no jogo o Botafogo tenha sido superior. Ele não gostou, e fez chegar essa informação ao Renato Paiva, que ele não queria ver o Botafogo jogando daquele jeito. O Textor tem na cabeça dele o chamado Botafogo Way, e na cabeça do Textor o Botafogo tem que jogar de outra forma. E aí fez chegar ao Paiva algumas vezes que ele não gostaria de ver o Botafogo jogando no contra-ataque – explicou Rizek.

O apresentador entende que esta visão tática foi preponderante na queda do treinador.

Vem para a Copa do Mundo de Clubes e eu acho que ele faz a coisa certa, quando você enfrenta a diferença para um PSG e para um Atlético de Madrid, eu acho que o Paiva foi brilhante na fase de grupos. Sinceramente, eu dou o troféu fase de grupos para ele, porque ele fez a coisa mais difícil que tinha para fazer aqui, que foi levar o Botafogo adiante. Eu acho que nenhum outro clube fez na fase de grupos algo tão difícil, e graças a estratégia que ele e os jogadores utilizaram. Claro que daí o Textor não falou nada, invadiu o campo, deu um beijo no Paiva, I love you, thank you very much – ponderou Rizek.

Aí veio o jogo com o Palmeiras, e na cabeça do Textor, eu estou fazendo uma leitura, porque eu não conversei com o Textor, tentei conversar com ele, ele não respondeu, o Botafogo tinha a chance de mostrar para o mundo o tal Botafogo Way, que o Botafogo é um time que joga, que vai para cima, e de novo o Paiva trouxe a escalação que havia irritado o Textor já desde o Brasil. Então é assim que eu leio a demissão, o Paiva não gosta da palavra interferência, porque ele diz que ele não fez aquilo que o Textor fez chegar aos ouvidos dele, mas eu acho que a palavra cabe, porque é uma forma de um dirigente tentar dizer para um técnico como ele tem que escalar o time. Ele é o dono, o Botafogo tem dono, e como o Paiva não escala o time de acordo com o que o Textor queria, ele demitiu o Paiva, e o Botafogo voltou para o Brasil com o treinador demitido. Em vez de, por exemplo, poder levar adiante a história brilhante. Eu acho que o Botafogo jogou mal, leu mal o jogo com o Palmeiras, o Botafogo tratou o Palmeiras da mesma forma como tratou o PSG e o Atlético, foi surpreendido por um Palmeiras que tomou as rédeas do jogo, e aí o Textor, enfurecido, demitiu o seu treinador – completou.

Fonte: Redação FogãoNET e SporTV

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