Técnico do Fortaleza, Renato Paiva reencontrou o Botafogo. E levou a pior. O Glorioso goleou por 5 a 0, na noite deste sábado (9/8), na Arena Castelão, pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro, resultado que foi analisado pelo português.
Treinador do Glorioso de março a junho de 2025, Paiva foi perguntado se estava na sua mente a possibilidade de levar uma goleada assim.
– Se estivesse na minha mente, eu não tinha saído do CT. Não, claro que não. O que não estava na minha mente era ficar com jogador a menos aos cinco minutos. Isso é que não estava na minha mente. E isso obviamente desequilibra completamente as coisas. Depois, a história do jogo é, até o 2×0, há à expulsão, há um gol de bola parada numa falta lateral e depois há a reação da nossa parte. Onde, por vários e vários momentos, não se percebeu muito bem quem é que estava com dez e quem é que estava com 11. Há uma reação boa. Temos duas boas oportunidades de gol. Inclusive uma bola parada no Tinga. Jogamos, com menos um, fomos corajosos. Não nos escondemos lá atrás. E depois o 2×0 acaba por afastar um bocadinho a nossa equipe de uma possível recuperação. É um golpe anímico forte. Um bocadinho antes do intervalo – lamentou Renato Paiva.
– Vamos para o intervalo. Tentamos corrigir algumas coisas. Tentamos mostrar aos jogadores que podíamos ainda conseguir qualquer coisa no jogo. Eles têm que acreditar nisso. Têm que superar. São momentos de superação. Mas quando tu em cinco golos sofres três gols de bola parada e são estes gols de bola parada que te fazem afastar depois no resultado fica muito difícil. O jogo já era difícil 11 contra 11. Só que eu estava à espera que fosse difícil para os dois. Ficando com um jogador a menos logo aos cinco minutos é quase um milagre poder fazer muito melhor. Tinha duas opções. Colocar a equipe toda lá atrás e perder por 1-0, mas nós não estamos nessa situação. Tentamos ficar em 4-3-2. Com três médios ali e com dois homens na frente rápidos para agredir algum possível contra-ataque. Sabendo que o Botafogo ia ter mais bola e se ia se expor mais. Essa foi a minha forma de ver o jogo. Porque nós não estamos em condições de poupar resultados. Nós estávamos a perder. A nossa decisão foi exatamente nessa. Ser sempre com bola, podermos sempre agredir o adversário. E tentarmos sempre chegar ao gol adversário como nós chegamos várias vezes até o 2-0. A partir daí o resultado vai-se avolumando e o jogo acaba por perder sentido e deixar de ter história – resignou-se.
