Renato Paiva reconhece que ‘fez asneira’ na estreia do Botafogo contra o Seattle e enumera erros: ‘Fiz isso perante aos jogadores’

Renato Paiva reconhece que ‘fez asneira’ na estreia do Botafogo contra o Seattle e enumera erros: ‘Fiz isso perante aos jogadores’
Vítor Silva/Botafogo

Uma virtude do ser humano é reconhecer seus erros. E foi isso que o técnico Renato Paiva fez aos seus jogadores depois da estreia do Botafogo na Copa d Mundo de Clubes contra o Seattle Sounders. Em entrevista coletiva nesta quarta-feira (18/6), véspera do jogo contra o PSG no Rose Bowl, o treinador admitiu que “fez asneira” e enumerou os equívocos que cometeu.

Me coloco em primeiro lugar e à frente de todos nos erros coletivos. Disse isso para todos. Entramos com um ótimo plano de jogo, 2 a 0, estávamos bem, o Seattle só teve uma chance de gol… No intervalo, eu comecei a não ajudar minha equipe. A intenção foi tirar um 9, o Mastriani, que estava bem, e colocar o Correa e ter o Savarino para dentro porque o adversário iria deixar espaço porque eu queria ter mais bola. Não funcionou porque o Joaquín veio em condições físicas difíceis e eu me precipitei na utilização do Joaquín – iniciou Paiva.

A partir disso é tentar corrigir, tirar o Savarino que estava desgastado por causa da seleção, colocar Correa no meio porque não conseguiu defender o corredor, pus o Cabral e tive o Igor no corredor mas a intenção era ter dois na frente. Não queria que ele acompanhasse lateral. O Botafogo não acompanha lateral de ninguém, quem sabe analisar analisa bem.

Não resultou, a equipe foi recuando, senti o time cansado e terminei por colocar o Danilo quando a equipe já não conseguia ter bola. Eu não ajudei minha equipe durante o jogo, porque no pré-jogo as coisas correram muito bem. Essa é a vida do treinador. Contra o Carabobo, coloquei o Patrick de Paula no lugar do Gregore e me chamaram de burro. Dez minutos depois, Patrick fez o gol. Foi uma má noite, reconheci perante os jogadores. Eles precisam saber que há um homem que sabe reconhecer que fez asneira e bola para frente – encerrou.

Renato Paiva lamentou que os erros sejam mais repercutidos do que seus acertos.

A sessão de vídeo, além das minhas asneiras, mostrou coisas que não fizemos no primeiro tempo. A sessão foi: “Olhem as coisas que não fizemos e o que deu, e olha o que fizemos e o que deu”. Mostramos a oportunidade de gols na base da paciência. Tocar as linhas de adversários, virar o jogo, não vou contar tudo. No segundo tempo, o time piorou com minha intervenção. Em uma sociedade tão negativa, o que vende é o que não presta, fico feliz que alguém traga o positivo. Nós ganhamos, no intervalo estava 2 a 0 e poderíamos ter feito mais gols. É questão do equilíbrio. Fomos mal no segundo tempo e parece que está tudo mal. Nos últimos 12 jogos, o Botafogo tem nove vitórias e duas derrotas, contra o Capital com time reserva, e um empate. E parece que está tudo mal. Está muito caro valorizar alguma coisa de positiva que se faça. Faz uma coisinha negativa e é logo uma catástrofe. É social, não é futebol – finalizou.

Fonte: Redação FogãoNET e GE

Comentários