O nome de Artur Jorge está sendo envolvido em especulações sobre propostas e interesse de clubes de diversas partes do mundo. Além disso, há possibilidade de renovação com o Botafogo. O técnico trata o tema de forma bem serena.
– Tenho contrato até dezembro de 2025. Vamos ver. A verdade é que e temos todos objetivos, temos também valorização com resultados, há muitas possibilidades nesta altura em cima da mesa. Temos de aguardar pelo fim para poder ver quais as melhores soluções para todos. Uma coisa será segura: estarei sempre onde me quiserem bem, onde possa identificar-me com o projeto e poder estar feliz a fazer o que mais gosto – garantiu Artur Jorge, em entrevista ao jornal português “O Jogo“.
O treinador do Glorioso destacou o feito de ser campeão da Libertadores-2024 e entrar para a história gloriosa.
– Estou extremamente honrado por fazer parte da história do Botafogo. É um título inédito, que surge de uma final épica. Como os botafoguenses gostam de dizer, só sabem ganhar a sofrer. Nós sofremos, de fato, puseram-se à prova durante todo o desafio, mas estivemos muito capazes de dar a resposta e de conseguir chegar onde queríamos. É uma final e um título que me deixa, a mim, muito, muito honrado, orgulhoso, satisfeito e feliz por ter conseguido, mais ainda ao serviço do Botafogo, que era uma equipe que nunca o tinha feito. Tinha uma missão e uma sede enormíssima de um grande título e poder ter ajudado, fazer com que a história mais dourada do Botafogo seja escrita também com nomes portugueses, é um orgulho enorme – acrescentou.
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Expulsão de Gregore com 30 segundos
– “Como é que isto pode estar a acontecer?!” (risos). Depois de tanto trabalho e de tanto sonharmos em chegar a esta final, sentir que podíamos ficar condicionados para disputar o jogo da forma como queríamos… Foi importante e necessário ter alguma serenidade naquele momento para tomar as melhores decisões (…) Dessa forma, com alguns ajustes que foram obrigatoriamente necessários fazer, tivemos um grande desempenho para continuar a ter a ambição de ganhar o troféu: defender bem e atacar também bem, ainda que com menos um jogador.
Pós-jogo
– Não dormi nada. Estivemos 24 horas acordados, praticamente. Honestamente, porque tivemos a oportunidade de festejar com uma torcida enorme. A torcida do Botafogo é muito, muito apaixonada, é muito intensa, é de muita história. São torcedores sempre muito presentes e nós tivemos, desde logo na Argentina, uma calorosa festa com todos os apoiantes. Foram mais de 50 mil torcedores que se deslocaram à Argentina para ver a final.
Reconhecimento em Portugal
– Recebi muitas mensagens. Fiquei muito grato, por exemplo, com a de Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, que me ligou e convidou para o visitar no Palácio.
Torcidas no Brasil e em Portugal
– Há uma diferença enorme. É incomparavelmente diferente, para melhor aqui. É um jogo que se vive de uma forma apaixonada e intensa, que começa bem antes do apito inicial e termina muito depois do final de jogo. É uma festa para este povo. Em todos os estádios onde já jogamos, tivemos sempre ambientes extraordinários. O espetáculo do futebol acaba por ser valorizado por aquilo que também vem de fora para dentro. Os nossos torcedores… o fato de termos em todos os estádios fora, fora do Rio de Janeiro, uma grande torcida do Botafogo, demonstra também a grandeza e a lealdade dos torcedores. É um ambiente extraordinário para quem vive o futebol de uma forma apaixonada. Não há momento de tédio, é uma festa por completo.