O grande jogo da rodada do meio de semana no Campeonato Brasileiro é Botafogo x Palmeiras, nesta quarta-feira, no Estádio Nilton Santos. Apesar de a vantagem alvinegra ser de seis pontos com uma partida a menos, o comentarista Ricardinho fez um alerta.
– Acho que é sim uma das finais, se não for a final. Uma vitória do Palmeiras abre definitivamente o campeonato, mesmo o Botafogo ficando com um jogo a menos. Já teve vantagem grande, merecidamente construiu, ninguém deu, caiu de rendimento no segundo turno, era esperado porque o primeiro turno foi fora do normal. Todo mundo ia oscilar, o problema é que o Botafogo está oscilando muito. Contra o Cuiabá não deixou de produzir, produziu até para fazer outro resultado, mas não conseguiu. Aí vem a questão da confiança. Por mais experiência que tenha, uma coisa é ter dez, 12 pontos de distância, outra é ir para seis podendo cair para três. Não é só o jogador, é a questão do todo. O torcedor, que já teve mais certeza do título, já bota um senão. A questão é se isso vai ser levado para o jogo ou vai fortalecer os jogadores do Botafogo – salientou Ricardinho, no programa “Boleiragem”, do SporTV”.
O comentarista Caio Ribeiro considera o jogo desta quarta crucial.
– É um jogaço, pode reabrir o campeonato. É sim uma final antecipada. O Palmeiras é o time mais consistente do campeonato, chega em todas as competições, teve oscilação após jogo com Boca Juniors e principalmente após a lesão do Dudu, em que o Abel (Ferreira) se perdeu um pouco. Quando perde Dudu, em vez de repor com Breno Lopes ou Endrick, mexe em três ou quatro posições, tira a velocidade que era o diferencial. Agora mudou o jeito de jogar, retomou um pouco, o Palmeiras voltou a ser forte. Vejo pelo lado do Botafogo um momento muito parecido com o do clássico com o Fluminense, pode ser o jogo do título. Se ganha, depois pega Vasco e Grêmio, se enche de moral, passa recado aos adversários, dá resposta ao torcedor e vem forte buscar esse título – afirmou Caio.
Para o comentarista Richarlyson, o tropeço diante do Cuiabá faz parte do passado e não deve ser levado em consideração.
– Esse jogo contra o Cuiabá não é parâmetro, o Botafogo teve uma infelicidade, finalizou mais de 25 vezes, levou um gol polêmico. É um jogo atípico, jogou bem e não conseguiu vencer. Contra o Athletico-PR foi abaixo, mas contra o Cuiabá não tem como. Poderia jogar mais um dia inteiro que não ganharia, porque o destino não queria, mas produziu, jogou, teve oportunidade, não foi contundente em fazer as chances, com menção honrosa ao Walter. Tem tido dificuldades para propor jogo, isso eu concordo. Ir bem e não ser contundente é diferente. Produziu muito, mas não foi feliz em fazer o gol. Estava amassando o Cuiabá, mas não pode estar tão desorganizado. Não vamos colocar a culpa no menino (Luis Henrique) que perdeu a bola, mas o time estava muito desorganizado, os dois laterais avançados, o Adryelson acompanhou quando não podia o Deyverson. Tirando essa falha do menino, a desorganização não pode acontecer. Não tinha ninguém, estava todo desestruturado – explicou Richarlyson.
