Rizek dá detalhes de posição da Eagle em imbróglio, ‘manda recado’ a John Textor e diz: ‘Acredito na paixão dele pelo Botafogo. Ele me dizia que é o carro-chefe para ganhar troféus’

John Textor em Botafogo x Vasco | Copa do Brasil 2025
Reprodução/SporTV

Botafogo e Eagle Football Holdings estão mais próximos de acordo na Justiça, de acordo com John Textor. No “Charla Podcast” desta terça-feira (16/9), o jornalista André Rizek deu detalhes da posição da empresa e “mandou recado” ao acionista da SAF alvinegra, com o qual não tem contato há tempos.

De acordo com Rizek, a Eagle quer ter acesso aos números do Botafogo antes de tomar uma posição definitiva.

Eu converso com eles, não vou nem entrar no mérito se eles têm razão ou não, vou dar a versão deles. Minha função de jornalista é conversar com todo mundo. Converso com o Textor, faz tempo que eu não falo com o Textor, mas escrevi para ele recentemente, ele não me respondeu. Adoraria voltar a falar com ele sobre isso, porque tenho dúvidas a tirar. Esse grupo, o que eles querem? Querem ter acesso ao que eles entendem ser deles, o Botafogo. Então eles querem entrar no Botafogo, olhar os livros, por exemplo, o Textor alega que o Lyon tem uma dívida. “Para mim, a situação é possível. Mas eu preciso olhar a contabilidade do Botafogo pra entender se essa dívida existe mesmo”. Eles falam, “é possível, mas a gente precisa entrar no Botafogo, ter acesso às finanças”. Pelo menos, na última vez que eu falei com eles era essa a realidade. E eles entendem que o Botafogo não está dando acesso ao que eles entendem ser o negócio deles, que eles compraram. Então eles querem entrar no Botafogo, olhar as finanças, os livros, entender, porque o Textor fez o que eles chamam de caixa único. Então as finanças estavam confundidas. Como se tivesse, assim, cinco padarias e é um caixa único. Eles acham que isso é danoso, tem que separar, e eles querem entender se o Botafogo deve, se o Botafogo tem que receber, quanto vale o Botafogo e, eventualmente, até vender para o Textor. Se o Textor quiser comprar da Eagle, eventualmente até vender para ele. O clube associativo tem uma gratidão gigante ao Textor. O Botafogo estava na dúvida se continuaria existindo e virou campeão da América e brasileiro. E eles entendem que essa junção Textor e clube associativo não está dando a eles o direito de olhar o negócio que eles compraram – explicou Rizek.

E estão ameaçando sufocar o negócio. Eles não podem matar o negócio porque é deles. Então, assim, eles não podem chegar e matar o Botafogo financeiramente porque o negócio é deles, é um ativo deles. Mas eles estão ameaçando brigar por anos na justiça, brigar nas Ilhas Cayman, brigar na Inglaterra, brigar na França. Eles têm dinheiro infinito para brigar na justiça. E nesse meio tempo, o que eles falam é que o Botafogo corre o risco de virar um Vasco. É SAF, mas está sufocado por essas questões, asfixiado, porque não tem investimento… É muito complexo porque eles não podem matar o Botafogo. É ativo deles. Compraram, investiram. Eu acho que o melhor cenário é que eles possam entrar, olhar e chegar a uma solução boa pra todo mundo. O pior cenário para o Botafogo é essa briga se arrastar por anos na justiça. Sem investimento, sem ninguém pensando – acrescentou.

O jornalista e apresentador quer voltar a conversar com Textor para entender a situação.

John, se estiver vendo o programa, responde aqui minhas mensagens, faz tempo que a gente não conversa. Eu estou precisando checar com você as informações que eu tenho do outro lado, porque repórter tem que ouvir todo mundo – afirmou Rizek.

Eu não conversei com ele desde que estourou a crise. Do lado da Eagle, o que eu sei, da Ares, é que eles querem uma solução pacífica. Eles têm problemas seríssimos com o Textor, não aceitam trabalhar mais com o Textor. Eles aceitam até vender o Botafogo para o Textor, eventualmente, mas eles querem entrar e pacificar. E eles bateram o pé. Se o Botafogo não der acesso a eles, essa briga vai se arrastar pelo tempo que for na Justiça – ponderou.

Rizek destacou ainda forte de identificação de John Textor com o Botafogo.

Eu acredito na paixão dele pelo Botafogo. O que ele me dizia? O Lyon, na visão dele, era o clube formador. E o Botafogo, o carro-chefe para ganhar troféu, ganhar título. Laboratório de ideias o Molenbeek, da Bélgica. Ele precisa de um clube na Inglaterra forte, por isso que ele tentou o Everton, para ter um pé na principal liga do mundo. E o Botafogo, o carro-chefe, a paixão dele. O Textor realmente tem isso no Botafogo. E assim, tem também um pouco de vaidade. O Textor virou um ídolo, né, cara? O cara é um empresário, odiado na França, e aqui ele é amado. Põe piroca na testa, vai em balada, toma um latão. O que é melhor para o Botafogo? Eu não sei, cara. O melhor para o Botafogo, no momento, eu acho que é pacificar a situação, chegar a um entendimento – completou.

Fonte: Redação FogãoNET e Charla Podcast

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