Rizek defende atuação contra Atlético de Madrid e exalta classificação: ‘Botafogo assombrou a Copa do Mundo’

Rizek defende atuação contra Atlético de Madrid e exalta classificação: ‘Botafogo assombrou a Copa do Mundo’
Reprodução/SporTV

Apresentador do programa “Seleção SporTV”, André Rizek fez uma longa defesa da atuação do Botafogo na derrota para o Atlético de Madrid por 1 a 0 nesta segunda-feira, em Los Angeles, que garantiu a classificação do Glorioso para as oitavas de final da Copa do Mundo de Clubes. O jornalista também exaltou o feito do Alvinegro, que conseguiu passar pelo chamado “grupo da morte” na competição.

– Para mim, que achava que o Botafogo já estava morto logo no sorteio, ele chega ressuscitado. A gente não precisa ter pudor de falar: a gente não acreditava que o Botafogo ia passar, porque a lógica era o Botafogo não passar. Não estou aqui adotando o complexo de vira-lata, estou me rendendo ao que é a realidade, a ordem do futebol mundial já há algum tempo. Existe uma turma dos super ricos, que dominam o futebol europeu e mundial, existe uma turma dos ricos, na qual está o Atlético de Madrid, e existe a turma da periferia, que tenta desafiar, que sonha em desafiar, que é a nossa – iniciou Rizek.

– Quando você compara o nível de investimento do PSG, do Atlético, com o do Botafogo, é um abismo. O Atlético pode não ter um rendimento de time rico, muitas vezes, mas olha o time dos caras: Oblak, um dos melhores goleiros do mundo, na zaga eles têm um jogador de seleção francesa e outro que foi campeão europeu pela Espanha. Você vai para o meio campo, tem um jogador campeão do mundo pela Argentina, De Paul. No ataque, os caras gastaram 480 milhões no Julián Alvarez, que é quase o que o Botafogo gastou em todos os seus reforços. Gastaram 30 milhões de euros no Sørloth, que é um jogador fraco, mas até isso eles têm condição de fazer, tem o Griezmann no banco, que é um jogador campeão do mundo pela França…

– O normal, quando você tem esse enfrentamento, é do europeu dominar o jogo, ter mais posse de bola. Com o PSG, então, nem se fala. O normal seria um massacre, inclusive no placar do do PSG contra o Botafogo. Por isso, acho que o que o Botafogo fez é anormal. O jogo de ontem está dentro de uma lógica. É natural que o Atlético, até precisando vencer, domine, crie mais chances e o Botafogo viva de estocadas. E olha, foram belas estocadas – completou.

Rizek ressaltou que o Botafogo não sofreu, contra PSG e Atlético de Madrid, o que sofreram Corinthians e São Paulo nas finais mundiais de 2012 e 2005, respectivamente.

– Pensando na soma dos dois jogos, o John precisou fazer muito menos milagres, por exemplo, do que o Cássio fez em 2012, do que o Rogério [Ceni] fez contra o Liverpool. É uma atuação defensiva, como qualquer time hoje sul-americano, teria diante de um PSG e também diante de um Atlético de Madrid, dada a qualidade dos jogadores que eles têm do outro lado. O Botafogo teve sua estratégia premiada. [Renato] Paiva foi fazer um estágio com o Simeone, hoje o treinador mais bem pago do mundo, o Simeone e, na minha opinião, o estagiário sai dessa primeira fase como professor.

– Eu vejo algumas pessoas falando assim: “Pô, mas foi dominado pelo Atlético.” Queria o quê, cara? Olha a diferença dos dois times! É assim que será, inclusive, se a gente voltar a enfrentar europeus. O Flamengo deu um amasso no Chelsea. O Chelsea não jogou a última Champions, vai jogar a próxima, foi o quarto colocado do campeonato inglês. A ver como será o desenvolvimento dos europeus na própria competição. Minha impressão é que os europeus estão subindo de nível a cada rodada, até pelo impacto negativo que eles tiveram nas duas primeiras – ressaltou.

Por fim, André Rizek ressaltou também a questão física como fator para o Botafogo ter caído de produção no segundo tempo contra o Atlético de Madrid.

– Se alguém acha demérito o Botafogo se defender contra o PSG, o que dizer do Atlético de Madrid, que não passou do meio-campo contra o campeão europeu e levou quatro gols? É por isso que eu destaco muito o feito do Botafogo. Era um feito muito improvável, para mim, impossível. O Botafogo foi lá e fez o impossível. Foi extenuante enfrentar o PSG. E aí, dias depois, dias depois, com cansaço mental, cansaço físico de correr atrás de jogadores tão bons, você ter que voltar a enfrentar um time superior ao seu… Para mim foi até natural a queda de rendimento que o Botafogo teve no segundo tempo – disse Rizek, encerrando:

– Agora, terminar essa primeira fase, você olha a classificação e vê seis pontos para PSG, Botafogo e Atlético…. Gente, o Botafogo assombrou a Copa do Mundo com esse resultado, na minha opinião.

Fonte: Redação FogãoNET e SporTV

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