Luís Castro fica ou sai do Botafogo? Essa é a pergunta que ecoa na cabeça dos alvinegros, ainda mais depois das últimas notícias de que o técnico deve tomar uma decisão nas próximas horas se aceita ou não a proposta milionária do Al-Nassr, da Arábia Saudita. Apresentador do programa “Seleção SporTV”, André Rizek analisou na tarde desta segunda-feira (26/6) diversos fatos recentes e mostrou-se pessimista sobre a permanência do português no Glorioso.
– O que ele tem falado nas coletivas é a mesma coisa que ele tem falado internamente até ontem (domingo), ou seja, de não se comprometer com a permanência ou com a saída. Não seria muito mais simples ele encerrar o assunto e dizer que iria seguir? Ele fala que tem um contrato que estabelece uma multa, deixa aberta essa possibilidade. Eu não estou otimista com a permanência dele. Não tenho informação que ele vá ou fica, mas todos os elementos nesse momento apontam para uma saída do Luís Castro. Pode ser que haja uma reviravolta, mas os elementos que temos que são públicos nesse momento apontam para uma saída após o jogo contra o Magallanes – afirmou Rizek.
De acordo com o apresentador, o fato é que, caso Luís Castro saia, ele faria seu último jogo pelo Botafogo na quinta-feira, contra o Magallanes, pela Copa Sul-Americana.
– Até o fim de semana o Botafogo não sabia, porque o Luís Castro não falava se ia ou ficava. Eles combinaram de nessa semana conversar sobre isso. E eu entendo a postura, o Botafogo estava no meio de jogos muito importantes, o Luís Castro queria terminar os jogos e aí debater seu futuro. O que sempre foi certo é que até o jogo contra o Magallanes ele fica, isso sempre foi tratado internamente. Se ele sai, é depois desse jogo – disse Rizek.
Segundo o jornalista, o fator financeiro pode pesar ainda mais no caso de Luís Castro, que tem poucos anos de carreira com altos salários como treinador.
– Esse é outro fator que preocupa quem quer ver o Luís Castro ficar no Brasil. Em 2014 ele era dirigente do Porto, assumiu o time interinamente, muito brevemente, e aí a carreira dele começa efetivamente em 2016, 2017 em em clubes pequenos de Portugal. Ele só começa a ganhar dinheiro quando vai para a Ucrânia em 2019, depois vai para o Al-Duhail. É um treinador que não tem uma carreira de grandes vencimentos, é um cara de 61 anos que não colecionou fortuna no futebol – lembrou Rizek, prevendo uma situação complicada para o Botafogo em caso de saída:
– Perri, Tiquinho, Adryelson, Eduardo e o arquiteto do time, Luís Castro, são cinco nomes que eu considero essenciais, nomes que considero insubstituíveis nesse cenário. Perder um desses cinco é um problemão para o Botafogo, em diferentes graus. Imagina se o Luís Castro aceita a proposta? Imagina o tamanho do desafio de trazer alguém que dê sequência ao trabalho, ao espetacular ambiente de confiança que ele construiu lá dentro?
