Outubro, novembro e o início de dezembro. O ano futebolístico no Brasil está próximo de acabar e o Botafogo ainda não se acertou. Na opinião do apresentador André Rizek, do “Seleção SporTV“, não chega a ser uma surpresa, dada a instabilidade geral do clube em 2025, envolvendo SAF e John Textor.
– O Botafogo me passa a impressão de estar sempre em começo de temporada. Tem jogo que você vê que faz um jogo muito bom. Aí o seguinte já é totalmente diferente. Então parece que é sempre um começo de temporada para o Botafogo, porque a temporada nunca engrena. E assim, o Botafogo, claramente, hoje precisava ter um olhar para o futebol. E está difícil ter um olhar para o futebol, porque nesse momento o Botafogo discute a continuidade da SAF, do Textor. Então, não me parece que nesse momento haja clima para olhar com atenção ao futebol. E entrega o futebol para o Davide Ancelotti. Que é o primeiro trabalho da vida dele como profissional. Então, cara, você tem que ter paciência – iniciou.
– Eu não estou surpreso que a coisa não tenha engrenado. Eu acho natural que não engrene. E aí o Botafogo vai ter que decidir. Tem um pouco de paciência, já que é um cara iniciante, como treinador profissional, e dá a ele a chance de desenhar a próxima temporada? Enquanto o Botafogo discute a sua continuidade do projeto SAF para o ano que vem. É uma situação bem complexa do clube. E se terminar o ano com vaga nas Libertadores, vou dizer que é lucro. Dada a turbulência pela qual, nesse momento, o Botafogo tem que atravessar – analisou Rizek.
O comentarista Rodrigo Coutinho pensa parecido e lembra que o extracampo interfere no desempenho do time.
– Eu acho que, se fosse um treinador mais experiente, já seria natural que o time tivesse oscilações mediante o planejamento. Ou a falta de planejamento que o Botafogo teve ao longo da temporada. Essa história do ano começar em abril. Eu sempre cito isso, parece que é repetitivo, mas não dá para a gente falar do hoje sem olhar para o ontem. E entender por que chegou nesse nível. A partida desse domingo contra o Fluminense eu acho que até a gente tem que relevar. Porque estava sem a dupla de zaga titular. Você estava sem o Alex Telles, o lateral-esquerdo titular do time. Por mais que o Cuiabano tenha feito uma boa atuação. O Marçal começou ali na lateral, depois o Cuiabano foi recuado. O Danilo se lesionou no meio-campo. Seria um jogador também que mudaria o patamar da equipe, tecnicamente falando. Apesar do Newton ter tido algumas boas atuações recentemente. Mas é tudo muito mexido, sabe? Você volta um mês no tempo, era um contexto que hoje já é totalmente diferente. Você volta dois meses no tempo, já era totalmente diferente. Era o início do trabalho do Ancelotti após a Copa do Mundo de Clubes. Então é difícil pedir regularidade, continuidade, num cenário tão caótico quanto esse – completou Coutinho.