A guerra entre acionistas e a disputa pelo controle do Botafogo foi tema no programa “Seleção SporTV”. Em meio a uma batalha entre John Textor, Eagle Football Holdings, Ares e Lyon, o apresentador André Rizek comentou o assunto, citando o exemplo do Vaco, que rompeu com a 777 Partners.
– Há anos, porque o Vasco já vai para o segundo ano, tem uma situação indefinida, quase pré-imbróglio. Porque hoje o Vasco está no limbo. Aliás, é esse limbo que o Botafogo, na minha opinião, não pode cair agora. Assim, de você ficar anos, porque o Vasco já vai para o segundo ano, numa situação indefinida. Tenho acompanhado bem, e assim, é muito delicado no momento, você fazer qualquer tipo de projeção. Ninguém sabe. Eu não vou fazer projeção aqui, porque ninguém sabe – iniciou Rizek.
O jornalista frisou que o maior problema no Botafogo é a solução não ser resolvida rapidamente na Justiça.
– O amanhã não se sabe. A gente sabe o que aconteceu até aqui, na versão das partes que estão brigando. Eu disse a questão do limbo porque o que está acontecendo com o Vasco no momento? O Vasco, foi um movimento, à época, que pouca gente entendeu. Eu não entendi, na época. Eu achei até loucura. O Vasco, numa manobra arriscada, jurídica, que parecia que não teria sucesso, obteve, conseguiu tirar a 777 de lá. Beleza. E, na prática, hoje eu opino que o Pedrinho acabou salvando o Vasco, porque a 777 estava à beira da falência. Ele conseguiu se antecipar a um movimento. Só que, com isso, você cria um limbo, porque você é SAF, você não tem mais o investidor que estava lá injetando o dinheiro e, nesse momento, o que eu mais ouço das pessoas que orbitam nesse meio do negócio, é que isso gerou uma incerteza jurídica, de tal forma que quem vai querer pegar essa SAF no momento? Fica receoso – explicou.
– Corta para o Botafogo. O Botafogo é comprado pelo John Textor, pessoa física. Que, depois, se torna uma holding. Então, assim, passa o comando do John Textor, pessoa física, para uma holding. E, nesse momento, os acionistas que proporcionaram a formação dessa holding estão brigando com o John Textor pelo comando do Botafogo. Já afastaram o comando político das decisões do Lyon do Textor, mas o Textor segue a acionista da Eagle. E eles estão numa disputa sobre o futuro de um dos bens dessa holding, que é o Botafogo. Como vai terminar essa briga, isso ninguém consegue dizer, até porque ela está se caminhando para virar uma batalha judicial, a não ser que haja um acordo em termos das partes. Isso pode virar uma batalha judicial. E batalha judicial pode demorar anos. E aí há um risco de o Botafogo também ficar nesse limbo, nessa disputa. Mas quem é que manda? Quem coloca dinheiro? Então, de grosso modo, apenas arredondando, isso certamente vai ser aprofundado nos próximos dias, acho que o grande temor hoje do Botafogo é que a situação não fique indefinida por muito tempo, porque isso pode levar o Botafogo para um nível que é o que acontece hoje com o Vasco. O Vasco hoje não consegue parceiro, não consegue injeção de dinheiro ali. Ele é uma SAF, mas uma SAF que caminha com os recursos do clube associativo – analisou.