O comentarista Roger Flores criticou o uso de Joel Carli no esquema com três zagueiros ao analisar as derrotas do Botafogo para o Fluminense, no último domingo, pelo Campeonato Brasileiro, e América-MG, nesta quinta, pela Copa do Brasil. Para o ex-jogador, a presença do experiente defensor argentino acaba provocando um recuo excessivo no campo.
– Entendo e respeito demais a história do Carli dentro do Botafogo, entendo a idolatria, mas quando você joga com três zagueiros, você não pode ter o Carli no time. O Carli puxa todo mundo para trás e aí você dá muito campo para o adversário. O Botafogo bota a bunda muito lá dentro da área e traz o adversário para perto do seu gol. E você dá superioridade numérica no setor mais importante, que é o meio-campo. Para o Carli, é desconfortável ir lá na frente e ter que voltar. Os dois últimos jogos foram um desastre com essa linha de três. Quando ele joga assim, dá a intermediária para o adversário – analisou Roger, durante o “Troca de Passes”, do SporTV.
– É preciso entender que o sistema de jogo às vezes funciona, mas às vezes tem que mudar mesmo se tiver ganhado o jogo passado, tem que entender contra quem está jogando. Acho que o Luís Castro ainda não entendeu, prova disso foi o jogo contra o Fluminense, que foi muito parecido com esse. Foi deixando a intermediária toda para o adversário. O que o Fluminense fez no fim de semana o América-MG fez agora – completou Roger.
Apesar das atuações ruins nos últimos jogos e da instabilidade do Botafogo na temporada, Roger Flores pediu calma com o processo que está em curso e reforçou que a torcida não deve ter grandes expectativas sobre 2022.
– Ainda é um trabalho muito cedo, o Botafogo tem que se reforçar bastante, a cobrança tem que existir, o torcedor está ansioso para ver o time brigando na ponta da tabela, mas esse ano não é para alcançar esses objetivos que o torcedor tanto quer. É um ano para o Botafogo se estabilizar, para o ano que vem ser melhor. O treinador está colocando os conceitos dele, está começando a entender a filosofia de jogo, o futebol brasileiro – finalizou Roger.
