O Botafogo venceu o Universitario no Peru e carimbou a vaga antecipada nas oitavas de final da Libertadores, mas sem apresentar um grande futebol. O comentarista Roger Flores, no entanto, foi na contramão da maioria dos analistas e aprovou a estratégia de jogo do técnico Artur Jorge e a formação inicial, com três homens de meio, desfazendo o esquema com quatro atacantes.
– O Universitario também jogava a vida dele e era um time fraco tecnicamente. O que o Artur Jorge pensou? Cozinhar o jogo, fazer os bloqueios necessários para não ser incomodado pelo Universitario, vai ter um determinado momento que eles vão ter que sair desordenadamente… Quando fizerem isso, eu vou lá, é estocar e fazer o gol. Acho que a leitura foi essa. E ele foi bem na leitura dele. Não jogou o que podia jogar, mas jogou o que o jogo pedia – analisou Roger.
– Imagina se ele começa com quatro atacantes? Ele já não tinha o Óscar Romero, o Diego (Hernández), tinha o Eduardo meia-boca, nem usou… Vai que entra com os quatro atacantes e sai atrás? Eles iam formar um ferrolho lá atrás e ele não ia ter alternativas – completou.
Eric Faria e Conrado Santana, outros comentaristas na mesa, exaltaram a competitividade do Botafogo, mas ressaltaram que o Glorioso poderia ter jogado melhor. Roger Flores rebateu.
– Jogou num estádio lotado, com a torcida deles acreditando… Estamos numa régua muito alta de que tem que jogar bem todo jogo. Tem jogos que você precisa jogar bem e outros que precisa ganhar. Ontem precisava ganhar. Até a escalação ele fugiu do que vinha fazendo desde o início. Teve uma semana difícil, em que afastou dois jogadores importantes, o Romero provavelmente seria titular no lugar do Tchê Tchê. A necessidade da vitória era muito mais importante do que uma partida exuberante tecnicamente, que ele não ia conseguir ter – ressaltou Roger.
