Após sua estreia oficial como técnico do Botafogo, com empate em 0 a 0 com o Vitória no Nilton Santos, o técnico Davide Ancelotti encarou uma longa entrevista coletiva, com mais de 15 perguntas e 35 minutos de duração. Fugiu de pouquíssimos temas e explicitou algumas ideias que tem para o Glorioso.
Uma delas está no jogo para Arthur Cabral. O centroavante, que foi contratado antes do Super Mundial para a vaga deixada por Igor Jesus, mostrou boas credenciais nos dois jogos pelo Brasileirão que fez até aqui. Davide explicou que a intenção foi mesmo jogar para o camisa 98, aproveitando sua estatura e poder de finalização.
– Acredito que tivemos a intenção de jogar para ele. Era um jogo em que sabíamos que íamos jogar muito em cima do último terço deles. Sabíamos que tínhamos que jogar para ele, cruzar muito, fazer com que as coisas acontecessem, para envolver a torcida também. No começo do jogo procuramos isso – afirmou Davide, que prevê evolução com o passar dos jogos:
– Ele tem que ajudar, é um jogador importante para o time, os companheiros também precisam de tempo para jogar com ele, porque tem características diferentes do Igor Jesus. No último terço vi a vontade de fazer isso, jogar com ele, na saída de bola também temos que aproveitar, é um jogador que mantém a bola muito bem e temos que criar espaço para ele, temos que trabalhar nisso também.
Outra pergunta na entrevista coletiva foi sobre a função de Savarino. O venezuelano chegou a ser usado pelos lados do campo com Renato Paiva, posição em que ele claramente não rende o esperado.
– Acho que ele pode jogar livre, como um 10. Ele gosta de encontrar a posição. Eu peço a ele para jogar um pouco à esquerda, porque pode ser uma boa associação com Álvaro [Montoro] e Alex [Telles]. Acho que ele trabalha bem como meia ofensivo. Vejo ele como um meia ofensivo, não como um ponta – respondeu Ancelotti, que falou também sobre seu esquema tático preferido:
– Gosto de jogar com linha de quatro. Depois, 4-3-3, ou 4-2-3-1. Agora jogamos no 4-2-3-1, mas pode ser um 4-3-3 na saída de bola. Sem bola, acredito que o 4-4-2 é o sistema que pode permitir do bloco médio para pressionar alto. No futebol de hoje tem que trocar muito. Se a gente defende em bloco abaixo, a linha de quatro pode converter a linha de cinco, ajudando com um ponta, com um meia… Se tenho que escolher um, é o 4-2-3-1.