No mês passado, uma falha de comunicação entre John Textor e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, gerou ruídos em relação ao terreno que o Botafogo está buscando para construir seu tão sonhado Centro de Treinamento integrado.
Em entrevista ao “Resenha Jornal dos Sports”, o secretário municipal de Esportes do Rio, Guilherme Schleder, explicou a situação, que ainda não teve uma definição e nem há prazo para um desfecho.
– É um terreno privado, tem um empreendimento a sair, mas que ainda não está licenciado. Se esse empreendimento sair, você tem que doar para o município uma área. A história é: se o empreendimento sair, aquela área vindo para a Prefeitura, a Prefeitura está disposta a fazer a doação para o Botafogo, olhando as contrapartidas sociais, como faz com os outros clubes. É um projeto para o futuro, é importante para o Botafogo também – explicou Schleder.
O secretário disse que os trâmites seguem o que aconteceu quando Fluminense e Vasco receberam terrenos para construírem seus CTs.
– Esses espaços que foram cedidos para Fluminense e Vasco fazerem seus CTs são áreas da Prefeitura que o prefeito repassa aos clubes para estimular, e as contrapartidas são colocar os meninos para fazerem esportes, escola, etc… Há toda uma contrapartida social – assegurou o secretário.
Segundo Eduardo Paes, o Botafogo também recebeu no passado a doação de um terreno, mas o clube, com dificuldades financeiras e ainda sem SAF, não deu sequência.
O atual projeto do CT do Botafogo inclui 19 campos (sendo 11 oficiais), espaço recreativo com quadras de tênis e até um minestádio de altetismo – uma estratégia de Textor para conseguir aproximar as arquibancadas do Estádio Nilton Santos do gramado.
O custo estimado para construção do CT, de 296 mil m², é entre US$ 30 milhões e US$ 35 milhões (R$ 146 milhões a R$ 170 milhões, na atual cotação), com parte da verba sendo aportada pelo Lyon.
