Um dos atletas mais experientes em termos de futebol brasileiro no elenco do Botafogo, Tchê Tchê conversou com a TNT Sports nesta terça-feira (11/10) e contou alguns bastidores da convivência com o técnico Luís Castro. O volante revelou itens de uma espécie de “cartilha” de comportamento do português, no sentido de unir o grupo e facilitar o entrosamento.
– Quando eu cheguei no Botafogo, o que foi um pouco diferente é que o mister pede que todos sempre entrem nas refeições e reuniões juntos. Enquanto o último não chega, não podemos entrar. Na hora do almoço, ou da janta, ninguém levanta antes, ninguém pode mexer em celular, para que tenhamos um momento para nos reunir e conversar, sem a distração do celular e das redes sociais. É a primeira vez que eu vi isso. No começo eu ficava um pouco sem saber o que fazer, porque tinha muitos jogadores remanescentes, mas isso fez com que a gente se conhecesse melhor – revelou Tchê Tchê no programa “Último Lance”.
Muito lúcido nas respostas, Tchê Tchê também destacou a importância do profissionalismo no Botafogo sob a gestão John Textor/SAF, quando Luís Castro chegou a ter seu trabalho contestado após uma sequência ruim no Campeonato Brasileiro-2022.
– Essa é a grande diferença, o John Textor teve paciência, mesmo em momentos de muita pressão de todas as partes ele se manteve firme, disse que confiava no trabalho e no elenco que estava sendo montado, assim como no treinador. Esse é o diferencial, todas as equipes passam por bons e maus momentos na competição e é fundamental saber a importância de manter pessoas competentes, que trabalham firme, para que os resultados apareçam – disse.
💬 Confira outros pontos da entrevista de Tchê Tchê:
BOTAFOGO MANDANTE X VISITANTE: “Sempre entramos no Nilton Santos como jogamos fora de casa, desejando os três pontos, mas infelizmente não temos conseguido isso e conseguido fora de casa. Não é uma coisa que vamos dormir com esse incômodo na cabeça, mas sabemos que o torcedor vai ficar muito feliz quando as vitórias voltarem a acontecer dentro do Nilton Santos. Esperamos no próximo jogo já conseguir, pela força do grupo que estamos demonstrando, um grupo cascudo, e temos lutado bastante para que isso venha.”
PRESSÃO: “A cobrança por resultados existe, eu me acostumei porque quando você veste grandes camisas é isso que você encontra. Tem a parte do glamour e tem a outra mão que vai cobrar firme quando os resultados não forem o que a torcida espera.”
ATUAL MOMENTO: “Eu me encontro na minha melhor versão, depois desse problema que eu tive (depressão). Minha família me ajudou muito, foi importantíssimo estar na minha cidade-natal, que é São Paulo. As pessoas próximas me ajudaram muito e isso faz total diferença.”
TÉCNICO ESTRANGEIRO NA SELEÇÃO: “Eu não vejo problema nenhum. Na real, as pessoas pouco se preocupam com isso, elas vão querer ver os bons resultados. Sabemos como funciona o futebol brasileiro, né? É tudo bem imediatista. As pessoas não querem saber da nacionalidade, se estiver no comando tendo resultados, não haverá problema nenhum nisso.”