Sem poder usar o Estádio Nilton Santos desde a segunda rodada, por causa da instalação do gramado sintético, o Botafogo encerrou sua participação no Campeonato Carioca-2023 com a menor média de público entre os grandes e com um lucro em bilheteria de apenas R$ 762.871,77 – e isso graças a jogos “vendidos” para outras praças.
O Botafogo arrecadou R$ 1,1 milhão com a venda dos jogos contra Boavista e Flamengo (para Brasília) e Resende (para Cariacica). Nestas partidas, o Glorioso foi mandante apenas contra os rubro-negros. Sem estes jogos, o Glorioso teria encerrado o Estadual com um prejuízo de borderô de R$ 337.128,23.
Fora o clássico contra o Flamengo, o Botafogo mandou seus jogos no Carioca no Estádio Luso-Brasileiro (três vezes) e no Raulino de Oliveira (sendo um deles por conta de uma punição do TJD-RJ). Para alugar o estádio da Portuguesa, o Fogão gastou R$ 45 mil por partida.

A arrecadação do Botafogo foi bem inferior à dos rivais. O Flamengo, vice-campeão, teve lucro de bilheteria de quase R$ 7 milhões, seguido pelo semifinalista Vasco (R$ 5,6 milhões) e pelo campeão Fluminense, que embolsou no total quase R$ 2,8 milhões.
Sem poder jogar em casa, atuando em estádios com capacidade menor e com o time sem empolgar, o Botafogo teve também de longe a pior média de público entre os grandes: 9.066 torcedores por partida. O Flamengo liderou (38.608), seguido por Vasco (29.908) e Fluminense (29.178).

Vale lembrar que, no Campeonato Carioca, as despesas são divididas nos clássicos e também nos jogos contra os pequenos, quando estes detém o mando de campo. Nos jogos na casa dos grandes contra os pequenos, o prejuízo fica com o time de maior investimento.
Obs.: Média de público calculada com base nos jogos como mandante e visitante