Senador presente na CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, Carlos Portinho (PL-RJ) deu entrevista à Rádio Tupi nesta terça-feira (23/4) e negou que o áudio vazado de um árbitro reclamando do não pagamento de propina seja de Raphael Claus (Fifa/SP). O político afirmou que o juiz não é da elite do futebol brasileiro.
– (Disseram que) O áudio que foi apresentado de um árbitro que manipulou partida teria sido do Claus, mentira. Não tem nada a ver o áudio com o árbitro de Série A, nada a ver com Claus. A gente tem que preservar as pessoas, preservar o campeonato. O que a gente quer saber é se os instrumentos vão funcionar ou estão funcionando e quando não funcionaram, se houve erro. O erro pode ser erro ou manipulação e nenhuma das provas dos indícios que foram apresentados levam ainda a crer que foi erro para manipulação. Pode ter sido apenas erro, então assim, estão botando palavra onde ninguém falou em momento nenhum – declarou Carlos Portinho.
O senador não acredita na paralisação do Campeonato Brasileiro-2024 por conta da CPI, que teve John Textor, acionista do Botafogo, como primeiro a depor.
– Eu recebi uma notícia que falava que os árbitros queriam a paralisação depois da CPI, mas se ler o texto era porque as árbitras mulheres estão com salários atrasados, com pagamento atrasado e porque estão com problema lá com a condição de arbitragem. Era isso, nada de CPI, o cara botou na manchete para chamar a atenção, mas não tem nada disso, cara. Pô, árbitro você sabe, toda hora está lá no STJD respondendo, isso aí é normal, não tem ninguém, ninguém é culpado não, todo mundo a princípio é inocente, a gente tem que levar em consideração isso – explicou.
