Ex-jogador de Botafogo e do Bragantino (à época sem Red Bull), Somália comentou o que espera do duelo nas oitavas de final da Copa do Brasil. À ESPN, o ex-volante ficou em cima do muro.
– Vai ser o duelo bem difícil. O Bragantino cresceu bastante. E agora, nesses últimos tempos aí no Campeonato Brasileiro e agora na Copa do Brasil. Uma equipe que demonstra que joga futebol para frente. O Botafogo também é a mesma coisa nos últimos anos. Tem mostrado a força da sua torcida, a força do seu elenco – afirmou Somália.
– Vai ser um jogo bem difícil, cara. Não dá para cravar que vai passar e nem o resultado. Eu acredito que vai ser bem apertado. As duas equipes têm mostrado uma estrutura muito boa e mostram dentro de campo que isso que que faz a diferença realmente – analisou.
Somália recordou sua passagem pelo Botafogo, no qual foi campeão carioca em 2010.
– A gente até na época brincava que que tinha o Flamengo, que era o ”bonde do Mengão sem freio”, ‘trem bala da Colina’. Nós éramos os ‘Guerreiros’ e não tinha essa estrutura que eles tinham como como potência. A gente até fala que o Joel Santana tirou leite de pedra, porque a gente tinha muito volante na época. Tanto é que eu atuava de lateral-direito, lateral-esquerdo, volante, o meia… Onde ele me colocava, eu estava sempre procurando ajudar. No final, a gente acabou mostrando que a força de um grupo faz a diferença. A torcida precisava que a gente pudesse mostrar que esse DNA do Botafogo, de ser guerreiro, de buscar coisas melhores quando ninguém acredita – destacou.
Contudo, o jogador também ficou marcado por uma falsa de comunicação de sequestro para justificar atraso a um treino. O episódio ainda mexe com ele.
– Hoje em dia eu olho de uma outra forma, o quanto eu fui o guerreiro… Saí de comunidades e cheguei em um clube como o Botafogo, onde ainda fui campeão. Consegui ser reconhecido pelos seus companheiros como um ser humano legal, como uma pessoa legal. Eu não falo muito sobre isso (falso sequestro) hoje – admitiu.
– Era um grupo que me abraçou nesse momento mais difícil da minha carreira, digamos assim, e eles me abraçaram para caramba. Tanto é que foi bem leve assim, entre aspas, dentro do clube, porque não só eles, mas a diretoria também. Me trataram como como um ser humano, porque o que aconteceu foi fora de campo. Eles procuravam sempre me dar força e mostrar que eu tinha potencial para continuar ali – finalizou.