Pela terceira vez, o STJD adiou o julgamento de John Textor, acionista da SAF do Botafogo, pela 5ª Comissão Disciplinar, por conta das denúncias de manipulação de resultados que fez no Campeonato Brasileiro de 2023. A sessão estava marcada para esta sexta-feira (13/12).
Inicialmente, Textor seria julgado no dia 12 de setembro, mas a sessão foi adiada porque o relator Lucas Brandão deu mais prazo para que o empresário respondesse aos questionamentos. O julgamento foi remarcado para 30 de outubro e novamente adiado, desta vez por um pedido dos auditores para terem mais tempo de analisar as respostas.
Textor foi denunciado pela Procuradoria do STJD cinco vezes no artigo 243-F do CBJD (ofensa à honra contra Ednaldo Rodrigues, Palmeiras, São Paulo, Fortaleza e o árbitro Braulio da Silva Machado) e uma vez no artigo 221 (dar causa, por erro grosseiro ou sentimento pessoal, à instauração de inquérito).
Somadas, as punições ao acionista da SAF do Botafogo podem chegar a 810 dias de suspensão – ou cerca de 27 meses – e multa de até R$ 600 mil. Em julho, o então relator Mauro Marcelo de Lima e Silva pedia suspensão por seis anos e multa de R$ 2 milhões.
O inquérito que apura as denúncias de John Textor foi aberto após pedidos da Procuradoria do STJD, do Palmeiras, do São Paulo, do Sindicato dos Atletas Profissionais de São Paulo e da Abrafut (Associação Brasileira dos Árbitros do Futebol).
A Procuradoria considerou que Textor publicou texto no dia 1º de abril afirmando que o jogo Palmeiras 5×0 São Paulo, pelo Brasileiro de 2023, foi manipulado por ao menos cinco jogadores do Tricolor, “sem apresentar provas substanciais e com base em uma empresa de inteligência artificial”.