O STJD se defendeu. Apesar de relatório do auditor Mauro Marcelo de Lima e Silva deixar claro que era para “obliterar a divulgação de nomes de atletas e árbitros” acusados por John Textor (acionista da SAF do Botafogo) de indícios de manipulação de resultados, o órgão publicou o documento com os nomes cobertos, mas sendo possíveis de visualização com um simples copia e cola.
Ao site “GE”, o STJD não admitiu a falha, não se desculpou e alegou que não houve quebra de sigilo.
– Não pode ser considerado como quebra de sigilo porque, se clicar no link e tiver o relatório na íntegra, está dizendo que ele (auditor) retirou o sigilo. Para todas as partes envolvidas, o relatório foi enviado citando os nomes. O que o auditor não queria era o STJD divulgar os nomes, porque eles não haviam sido divulgados e isso pode gerar constrangimento, causar uma situação desconfortável para as pessoas envolvidas e citadas pelo Textor, mas que não tiveram nenhum tipo de envolvimento. Foi por isso, para a publicação no site, que ele cobriu. Mas, se passar em algum programa que transforme PDF em Word ou até mesmo se algum repórter entrar em contato com as partes e pedir o documento, vão aparecer os nomes – posicionou-se o STJD, por meio da assessoria de imprensa.
O erro, grosseiro, expôs o nome de jogadores e árbitros, o que pode prejudicar investigações e todo o processo. O auditor Mauro Marcelo de Lima e Silva concluiu que as provas são “imprestáveis” e pediu multa de R$ 2 milhões e suspensão de 2.340 dias a John Textor.