Contratado em julho para substituir Renato Paiva, Davide Ancelotti encerrou neste domingo seus primeiros meses no futebol brasileiro, comandando o Botafogo. O italiano, que vive sua primeira experiência como treinador efetivo, contou o que gostou e o que não gostou no país e ressaltou que se adaptou bem e se sente preparado para fazer melhor em 2026.
– Me ensinou muito, porque o que você aprende com a experiência não pode aprender de outra forma, sendo assistente. Aprendi em um contexto completamente diferente do meu na Europa. Tive que aprender um futebol diferente, muito competitivo. Aprendi que o Brasileiro é muito competitivo, dentro e fora do campo. O torcedor é muito competitivo. Acho que me adaptei bastante bem e estou mais preparado para o próximo ano. Taticamente é uma liga também onde você pode ver coisas que não vê na Europa, porque o que propõe o Mirassol ou o Vasco da Gama, na Europa ninguém joga assim, por exemplo. É um aprendizado, uma experiência muito bonita para mim. Espero poder seguir desfrutando – disse Davide.
– Tem coisas que surpreendem, coisas que gosto. Gosto que é uma liga muito equilibrada, muito difícil, onde todos os times têm sequências difíceis, de derrotas, de duas, três, quatro derrotas seguidas.
Quase todos os times tiveram nesse ano. Tem coisas que não gosto. Não gosto que um goleiro faz uma defesa e fica no chão, machucado. Acontece só aqui, e perdemos muito tempo. Mas ser malandro também é uma característica um pouco do campeonato. Só tenho palavras boas para esse contexto, para essa liga. Espero ficar mais tempo. Não depende de mim, por quê? Porque o treinador não tem força. Todos os treinadores não têm tempo aqui, é difícil, porque com o tempo pode se ver o trabalho de um treinador. É sempre assim. Mas, infelizmente, funciona assim. Seguramente não sou eu que vou mudar essa realidade – completou.
Em 33 jogos com Davide Ancelotti, o Botafogo conquistou 15 vitórias, teve 11 empates e sofreu sete derrotas – um aproveitamento de 56,5% -, com 50 gols marcados e 35 sofridos.
