Técnico do Cuiabá minimiza número de finalizações do Botafogo: ‘Controlar o jogo sem a bola também é uma arte’

António Oliveira, técnico do Cuiabá
YouTube/Cuiabá

O Botafogo pressionou, criou oportunidades, teve gol anulado, parou em grandes defesas de Walter e acabou castigado em um contra-ataque do Cuiabá, que venceu por 1 a 0, neste domingo, no Estádio Nilton Santos, pelo Campeonato Brasileiro. O técnico adversário, António Oliveira, minimizou o número de conclusões alvinegras.

– Foram 32 finalizações, mas sabe quantas oportunidades claras, principalmente no segundo tempo? Uma, o cabeceio do Tiquinho. Foram 45 cruzamentos. Convidamos o adversário a jogar por fora, porque é muito difícil avançar por dentro na nossa equipe, pois concentração e densidade dos nossos jogadores é enorme. Temos referências dentro da área para comandar o que o adversário pode oferecer de perigoso. Depois foram chutes de fora da área. Na primeira parte tivemos duas ou três situações perigosas, depois ajustamos. Controlar o jogo sem bola também é uma arte. Eles podem estar com a bola, mas criaram poucas situações claras de gol. As duas o Walter defendeu. De resto, é preciso saber o destino das finalizações, muitos cruzamentos, chutes de longe. Soubemos sofrer e aproveitar as oportunidades que o jogo ofereceu – afirmou António Oliveira, em entrevista coletiva.

O técnico do Cuiabá falou mais sobre o jogo e sobre o objetivo do clube.

– O objetivo do Cuiabá continua sendo o mesmo desde o início, se manter na elite do futebol brasileiro. Matematicamente ainda não é uma garantia, mas existem clubes abaixo de nós. Temos que continuar a trabalhar desta forma humilde. Hoje o Cuiabá mostrou essas qualidades, o caráter, soube sofrer e aproveitar as oportunidades que o jogo ofereceu. Estrategicamente os jogadores foram heroicos, cumpriram à regra, tivemos dificuldades de controlar no primeiro tempo, ajustamos na segunda parte, convidamos o adversário a cruzar a bola. Fizeram 45 cruzamentos, em um deles nosso goleiro faz grande defesa. Convidamos a chutar de fora da área. Mas combinações diretas pelo corredor central não sofremos. Se tivéssemos tranquilidade poderíamos ter mais transições ofensivas e fechado. Foi um jogo difícil, contra time extremamente competitivo, líder, em gramado muito diferente do que estamos habituados. Nossa vitória hoje é única e exclusivamente dos meus jogadores, extremamente competitivos e solidários. Encararam o que é este clube, de guerreiros, de competição. Mais do que um clube, representamos uma cidade e um estado, que se orgulham destes jogadores – completou.

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