– Eu olho para cima, continuamos olhando para cima. Vão me desculpar, mas minha equipe não olha para baixo.
Luís Castro respondeu assim sobre a proximidade do Botafogo com a zona de rebaixamento depois do empate com o Juventude, domingo passado. Neste domingo (28), o Glorioso perdeu para o Flamengo por 1 a 0 e viu a distância para o Z-4 cair de quatro para apenas dois pontos na rodada. O treinador português justificou a frase utilizada, que ganhou eco também no elenco.
– Nós percorremos a vida com as experiências vividas por nós. Se não olhássemos para cima, eu não teria saído da Quarta Divisão chegado a uma Champions League, ganhado do Real Madrid. Foi essa capacidade que me acompanhou, que me ajudou conquistar títulos. Tenho confiança, sou determinado nas coisas que faço e vou continuar sendo determinado. Os resultados acontecem através do trabalho, e eu me dedico muito ao meu trabalho – disse Castro.
– É verdade que é uma situação nova, nos últimos anos como treinador sempre lutei para classificar os times para as competições europeias ou para serem campeãs. É algo novo, mas não coloco um pensamento diferente do que quando tinha outros objetivos – completou.
Em outro momento da entrevista coletiva após o clássico, Castro deixou claro que está preocupado com o rebaixamento, assim como o torcedor do Botafogo.
– Eu também estou preocupado como todo torcedor. Todo treinador que trabalha numa equipe cujo objetivo é a permanência, e não vai muito além da permanência, anda preocupado o tempo todo. Entendo a preocupação da torcida, porque ela também é a minha. Só há uma forma de resolver problemas: é trabalhar, e é isso que fazemos todos os dias. Olhando para a equipe, vê-se o grau de desempenho, de atitude competitiva do time – ressaltou.
