Tiago Leifert pede ‘investigação’ de negociação de Cuiabano e critica SAF do Botafogo: ‘Se eu fosse botafoguense, eu estaria apavorado’

Tiago Leifert
YouTube/Charla Podcast

Narrador esportivo, Tiago Leifert fez duras críticas à SAF do Botafogo, comandada por John Textor, em entrevista ao “Charla Podcast” na última sexta-feira (5/9). O jornalista apontou preocupação com o futuro do clube.

A SAF do Botafogo é uma bagunça, meu. É um problema. Esse aí é hashtag eu avisei. Está tudo alavancado, cheio de problema. Se eu fosse botafoguense, eu estava apavorado. Estaria apavorado. É tudo alavancado. Cheio de problema. Esse negócio de levar as ações pras Ilhas Cayman. Putz, cara. Não. Muito rolo mesmo – cornetou Tiago Leifert.

É tudo alavancado. Tudo com empréstimo. É empréstimo em cima de empréstimo. Alavancar no básico é, por exemplo, você tem R$ 10 mil na sua conta e você percebe que as ações da Petrobras estão baratas. Você coloca os seus R$ 10 mil, você pega o empréstimo no banco de R$ 100 mil e também compra na Petrobras, e aí você está alavancadaço, porque você está com R$ 110 mil na Petrobras. Mas se a Petrobras derrete e quebra, você se ferrou muito. Então ele faz isso. Ele pega empréstimo em cima de empréstimo. E aí agora a conta dele vai chegar, meu – reclamou.

Tiago Leifert ainda pediu investigação na negociação de Cuiabano, vendido ao Nottingham Forest e emprestado ao Botafogo.

Essa negociação do Cuiabano, cara, não é possível. Imprensa, por favor, é que eu não tenho os recursos pra fazer essa investigação. Mas alguém precisa olhar o que aconteceu. Eu nunca vi. Já viu isso na vida de vocês? É. Eu nunca ouvi falar disso. Eu não consigo entender. Alguém precisa fazer essa pergunta lá. Alguém precisa tentar entender o que aconteceu, cara. Porque não é normal – disse.

O jornalista comentou sobre a possível espanholização do futebol brasileiro e colocou Flamengo e Palmeiras como bons exemplos.

Eu tenho uma opinião anterior a essa. Eu acho que a gente vai poder conversar disso a partir do momento que todos os clubes limparem a corrupção que existe dentro. Então, olha o que está acontecendo no Corinthians. Eu sou são-paulino. O que fazem com o São Paulo é uma vergonha. Você aprovar um orçamento que teve um déficit operacional de R$ 200 milhões, como é que você aprova? Como é que você bota o selo? Aprovado. Como é que você aprova esse orçamento? E como é que você aprova o que segue empregado lá? Ou segue conselheiro? Você tem que ser banido do clube se você aprovou um orçamento desse. Quem deixou chegar nesse ponto tem que ir embora, cara. A hora que todo mundo resolver o básico, falar “sou honesto. Pago minhas contas em dia. Não estou tomando transfer ban. Paguei o Cuiabá, paguei os agentes, entendeu? Paguei o Nacional, do Uruguai. Agora que eu fiz tudo. Eu limpei tudo. Eu limpei minha casinha”. Eu olho pra cima. Eu vejo lá o Palmeiras e o Flamengo gastando R$ 500 milhões na janela. Agora eu posso chegar na Globo, na Liga, na LFU, e começar a conversar. Mas enquanto eu não arrumar minha própria casa, aí eu acho que a gente não tem do que reclamar, não – afirmou.

Eu acho bom ter fair play financeiro, mas vamos lá. O Flamengo está organizado? Comeu estrume por muito tempo lá atrás para chegar hoje e ter o orçamento que tem e ter a organização que tem financeira. O Bandeira foi muito bem, né, meu? Palmeiras? Foi também o Paulo Nobre. Arrumou. Então na hora que você olha lá pra cima, o Flamengo se arrumou lá atrás, tomou o remédio amargo, sofreu as consequências do remédio. O Palmeiras também. E eles conseguiram. Aí eu falava, “ai, mas sabe o que que é? É porque a LFU paga mais pra ele. É porque a Liga”… Não, não. Primeiro vamos arrumar a tua casa. Depois a gente conversa. Então acho que é o momento agora, antes de reclamar da espanholização, não sei o que. Vamos arrumar a casinha – cobrou.

Fonte: Redação FogãoNET e Charla Podcast

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