No primeiro jogo de 2024, parte das arquibancadas do Botafogo ainda carregava a lembrança do péssimo fim de ano de 2023, com a perda do título brasileiro, e vaias foram ouvidas no Estádio Nilton Santos. O técnico Tiago Nunes foi perguntado sobre isso após a vitória sobre o Madureira nesta quarta-feira (17/1) e evitou entrar em rota de colisão com o torcedor mais magoado.
– Para mim é página virada. O que aconteceu ano passado é página virada. Não vou trazer nenhum tipo de resquício de mágoa do ano passado para esse ano. E aí temos dois caminhos, enquanto instituição: podemos viver do passado e ficar remoendo isso que vivenciamos no final de 2023, ou podemos aprender com o que passou, ganhar esse experiência e sermos melhores esse ano, em termos de resultado e em termos de maturidade para lidar com a adversidade – iniciou Tiago.
– Alguns torcedores vaiaram, mas me parece muito natural pelo torcedor que leva essa insatisfação no coração. Quanto vai durar isso não tenho ideia, porque não estou aqui para julgar o comportamento do torcedor. Prefiro ter uma visão muito mais para o grupo que aplaudiu, que chamou o nome do jogador para tentar incentivar. Quem vaia pode ter direcionamento para algum jogador ou para o treinador, mas em geral vaia o seu próprio clube. O torcedor ama tanto seu clube, e existe uma relação tão próxima entre amor e ódio, tenho que entender isso, ao mesmo tempo sei que a vaia é uma demonstração de amor, de paixão. A vaia é um desejo do torcedor, entendo e não vou julgar – completou.
O técnico alvinegro pretende retomar a confiança dos jogadores neste começo de ano, em que o principal foco será a fase preliminar da Libertadores, daqui a pouco mais de um mês, no fim de fevereiro.
– Meu papel é dar essa confiança para os atletas, mostrar que o que passou podemos aprender e evoluir, saber das nossas limitações. Não temos um supertime, temos um bom elenco, competitivo, e nosso desejo é sermos mais regulares durante a temporada – finalizou.