A vitória por 3 a 1 sobre a Portuguesa, nesta segunda-feira, colocou o Botafogo na final da Taça Rio, mas não resolveu todos os problemas. No programa “Redação SporTV”, o comentarista Lucas Prata Fortes apontou leve evolução na equipe, mas indicou questões ainda não solucionadas.
– O Botafogo ontem apresentou um pouco mais de qualidade que nos últimos jogos, principalmente pelo protagonismo do Eduardo, que na formação com Lucas Fernandes e Tchê Tchê deu mais movimento no jogo e no meio. Mesmo com essa qualificação, além de o Botafogo ter tomado o gol de empate, a Portuguesa teve duas chances claríssimas de ficar à frente. Outro ponto interessante é o Raí, que fez o terceiro gol. Há as questões de sempre, como Lucas Piazon, que jogou muito mal e foi criticado, Luis Henrique, que deu boa dinâmica mas está com inhaca de não conseguir fazer gol. Fica cada vez mais claro que o principal problemas são as duas pontas, com Jeffinho vendido, Victor Sá machucado, Gustavo Sauer não consegue render – afirmou o comentarista.
– O torcedor não tem resposta se de fato vai vir reforço, porque nesse começo embolado administrativamente prometerem seis reforços para Luís Castro, depois falaram em três, mas nada diferenciado. Agora o André Mazzuco deu uma entrevista falando que para o começo do Brasileiro vão vir mais um ou dois reforços. Esse horizonte completamente nebuloso, questões estruturais, não ter CEO, não saber sobre CT, falta de transparência financeira… É um momento muito complexo, tanto que levantaram faixas contra John Textor e Luís Castro, que tem responsabilidade, mas também não entregaram muito a ele – acrescentou.
Para o comentarista, o extracampo tem influenciado nos rumos do clube e no ânimo da torcida.
– O que o torcedor do Botafogo quer é mais transparência e entrega sobre o que foi prometido, não em médio e longo prazo. Essa carência de noção de quando vai ter CEO, quando John Textor vai ficar sem total responsabilidade de tomar todas as decisões, quando vai sair o CT, onde vai ser, quando vai voltar a jogar no Nilton Santos. São várias dúvidas que fazem esse começo de temporada girar em torno de incógnitas – pontuou.
– É um processo inaugural de SAF no Brasil, sempre olhamos cientes que haveria atropelo. A falta de transparência não sabemos se é omissão ou falha, é o que mais incomoda o torcedor, além do desempenho com Luís Castro. Acho que deve ser mantido, muito do que foi prometido a ele não entregue, mas pode sim trazer padrão, regularidade e um Botafogo competitivo tanto na Copa do Brasil como na Sul-Americana – concluiu.