Torcedor do Botafogo recusa passagem de avião e vai de bicicleta para a final da Libertadores

José Marcelo, torcedor do Botafogo
Reprodução

Milhares de botafoguenses estão se organizando para ir a Buenos Aires na final da Libertadores, entre Botafogo e Atlético-MG, no dia 30 de novembro. Mas um tem tido destaque especial. Trata-se de José Marcelo, de 43 anos, que optou por ir de bicicleta.

A viagem começou no dia 11 de novembro em São Pedro da Aldeia, onde pegou ônibus até o Rio de Janeiro e outro para Porto Alegre. Da capital gaúcho, vai pedalar por cerca de 1,3 mil km até Buenos Aires. Ele recusou ir de avião.

– Estou com dois amigos que já fariam uma cicloviagem saindo de Porto Alegre até Buenos Aires. Aí um amigo do meu irmão, que é até flamenguista, tinha comprado passagem de avião para a final, mas como o Flamengo não se classificou, ele me ofereceu de transferir a passagem. Só que quando soube desses dois amigos, parei e pensei: ‘prefiro ir de bicicleta que de avião (risos)’. Meu irmão na hora até falou: ‘tu é doido’ (risos). Aí eu parti com eles de cicloturismo. Está saindo conforme planejado – afirmou José Marcelo, ao “UOL”.

Com paradas em diversas cidades para curtir e descansar, o torcedor planeja chegar a Buenos Aires na véspera ou no dia da final. Dormir tem sido em barracas em emprestas de beira de estrada, pedindo autorização aos donos.

– Perrengue já tivemos logo de início porque o ônibus atrasou muito para chegar em Porto Alegre. Aí nesse primeiro dia de pedal, fizemos de madrugada, sem muito equipamento de segurança, essas coisas. Tem uns viadutos sem acostamento, o caminhão quase ‘panhou’, mas deu tudo certo. No primeiro dia, ficamos em uma pousada, mas os dois, três dias seguintes foram em barracas. Tivemos que armar o acampamento rápido porque choveu muito no último dia. Acampamos numa empresa que faz colheita de soja. Na beira do caminho, a gente pede às empresas para armar as barracas – explicou José Marcelo, que tem experiência em longos trajetos de bicicleta.

– Não fiz preparação especial. Faço só quando é para uma ironbike. Vim em cima da hora, na correria, decidir vir num estalo, na loucura mesmo. Condicionamento vou pegando durante o pedal. Eu já pedalo há muito tempo. Tem uma tal de memória muscular. O que eu trouxe foi barraca, colchonete, roupa de ciclismo, toalhinha de rosto para secar e tomar banho… A parte mais desafiadora é que é um trajeto novo, um pedal diferente, mais pista. É mais a questão do cuidado com as carretas, trânsito muito pesado, tem que estar com a cabeça boa, atenção a todo momento. As subidas são de boa, apesar de estar levando uns 15kg com a mala. E também aguentar a ansiedade, porque meus dois amigos estão fazendo apenas pelo cicloturismo, e meu objetivo principal é a final da Libertadores (risos) – completou.

Fonte: Redação FogãoNET e UOL

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