Vice da CBF cita atenção a redes multiclubes e nega que fair play financeiro vá limitar aportes de SAFs: ‘Pelo contrário, queremos é incentivar investimento’

Vice da CBF cita atenção a redes multiclubes e nega que fair play financeiro vá limitar aportes de SAFs: ‘Pelo contrário, queremos é incentivar investimento’
Staff Images/CBF

Vice-presidente da CBF e responsável pelo grupo de trabalho que vai implementar o fair play financeiro do Brasil, Ricardo Gluck Paul garantiu que o mecanismo que está em fase final de debate não servirá para limitar o investimento nas SAFs, como aconteceu com Botafogo e Bahia, por exemplo. O dirigente garantiu que o objetivo é justamente incentivar mais fomento estrangeiro no futebol brasileiro, em bate-papo com o jornalista Vitor Sérgio Rodrigues.

– O fair play não é um limitador de receita, de investimento. A gente quer que o investimento venha para o Brasil. Se um clube hoje, por exemplo, que esteja numa situação de insolvência, conseguir, através de uma SAF… O objetivo da SAF nem sempre é só a injeção de capital, você tem exemplos já de SAFs que são uma questão de governança. Se ela vier acompanhada de um investimento extraordinário, vai ser muito bem-vindo no Brasil. Você pode ter certeza. Não vejo como injustiça. Pelo contrário, a gente quer incentivar um investimento de capital no Brasil. Nosso princípio norteador é que haja um ambiente para investimentos no futebol brasileiro – disse Gluck Paul.

O dirigente contou que 75% dos clubes da Série A devem um para o outro e que esse é um ponto que o fair play financeiro vai focar. Outro ponto de “preocupação” citado por ele são as redes multiclubes, situações que envolvem, por exemplo, Botafogo (Eagle), Bahia (Grupo City) e Red Bull Bragantino. Gluck Paul afirmou que as negociações entre clubes de uma mesma holding serão monitoradas para que não haja fraude.

– [Vai ter preocupação] Com uma rede multiclubes, de você também inflar ou querer inflar uma transação. A gente vai implementar uma série de regras de transparência, de balizadores para que esse monitoramento seja perfeito. Nosso sistema de coleta de informações e monitoramento está muito próximo ao modelo da Uefa. Indo para o mundo real, isso não acontece só no futebol. A gente está falando de fraude. Então, a gente tem que estar preparado para lidar com as fraudes. Não estou dizendo que elas vão acontecer, a gente espera que não. Mas a gente espera também estar preparado para enfrentar as fraudes. Dispositivos no regulamento para enfrentá-las nós teremos. E o clube vai contratar um risco muito alto, porque a punição vai ser proporcional à tentativa de fraude – frisou o dirigente.

Fonte: Redação FogãoNET e Canal do VSR

Comentários