Vice-presidente geral do Botafogo associativo, Vinicius Assumpção considerou como “infeliz” a declaração feita pelo ministro da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha, comparando John Textor, dono da SAF do clube, ao empresário Elon Musk.
Em post no X (antigo Twitter), Vinicius Assumpção defendeu o acionista da SAF alvinegra e considerou como “bravata” e “histeria” o que chamou de julgamento precipitado de John Textor.
“Uma infeliz declaração do Ministro da Secretaria das Relações Institucionais do Governo Federal, Alexandre Padilha, comparando o John Textor com o Elon Musk, como se fossem a mesma pessoa e tivessem as mesmas práticas“, iniciou Vinicius Assumpção.
“Como um representante do Estado brasileiro, o ministro deveria ouvir um dos maiores acionistas estrangeiros de uma SAF, em vez de soltar bravatas sem conhecimento de causa. Textor respeita as instituições e as Leis brasileiras, tanto que cumpre todas as obrigações tributárias e com a legislação trabalhista vigente. No seu julgamento no STJD, em que também fui julgado, fez questão de comparecer pessoalmente. Conheço o John Textor e posso afirmar que tem um grande respeito pelo estado democrático de direito, pelo Brasil e pelo seu povo“, continuou.
“O que me assusta é a histeria de vários setores da sociedade, inclusive de um ministro de estado, que tentam um julgamento precipitado, antes de entender o que realmente está acontecendo no futebol brasileiro. Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa!“, encerrou Assumpção.
O que disse Alexandre Padilha?
Alexandre Padilha fez a comparação de John Textor com Elon Musk em evento na última segunda-feira (8/4), em Brasília, sobre inteligência artificial. Musk é dono do X e, no sábado, atacou o ministro Alexandre de Moraes, do STF, ameaçando ainda reativar perfis de usuários bloqueados pela Justiça.
– Este indivíduo (Musk), um milionário que tem interesse direto nesse tema, fez um ataque à Suprema Corte. Ele disse que a Suprema Corte está praticando a censura no país. Eu fiquei chocado, porque na última semana tivemos dois indivíduos que têm características similares. Um é o Textor, eu diria que é o X do futebol, que fez acusações ao futebol brasileiro, à Justiça Desportiva, dizendo de manipulação de jogo, sem trazer nenhuma prova, nenhuma prova. O outro é o X das redes sociais. Esses dois têm uma característica muito parecida, são bilionários que acumularam bilhões, bilhões, bilhões de reais nesse mundo globalizado, muitas vezes apoiando regimes antidemocráticos, como o apartheid, e se enriquecendo com a situação, ou fazendo campanha por golpes, dizendo que poderiam apoiar qualquer golpe no país e desrespeitando as instituições e o Estado democrático de direito com um país como o Brasil – disse Padilha, em declarações reproduzidas pelo “Correio Braziliense“.
