Vitinho chegou ao Botafogo na última janela de 2024, assumiu a titularidade na lateral-direita e teve atuações de destaque na reta final que culminou com os títulos brasileiro e da Libertadores, ajudando muito na marcação. Agora, com o técnico Renato Paiva, o jogador diz que tem mais liberdade para ajudar no ataque, o que lhe agrada.
– Quando eu cheguei aqui, o time já estava montado, praticamente todas as peças. Acho que eu e o (Alex) Telles fomos os últimos. Tive que me adaptar. Jogava muito na última linha, pra puxar a marcação e o lateral ficar colado em mim, pra liberar o Luiz Henrique, o Savarino. Agora eu tô pegando mais a bola, posso vir mais por trás do jogo. Contra o Fluminense joguei mais por dentro, me deu mais liberdade pra jogar. É diferente. Quando cheguei, o time já estava montado. Agora o Renato (Paiva) chegou, está fazendo a proposta dele, e nela tenho mais liberdade – disse Vitinho em entrevista ao “GE”.
– Quando eu saí do Brasil, eu era um jogador que atacava muito. E quando eu cheguei na Europa, na Bélgica, tive um pouco de dificuldade na parte defensiva. Me aprimorei muito na parte defensiva, e hoje acho que é um jogo em que tenho muita confiança. Sou muito tranquilo na parte defensiva, pelos jogadores com quem joguei na Inglaterra, os melhores estão lá, então tive essa experiência. Hoje, gosto de participar mais da construção de jogo. Aqui no Botafogo, muitas vezes jogo na última linha, mas também não é um problema porque eu já fiz isso no passado. O mais importante é que onde o Paiva vai precisar de mim eu vou jogar, ele sabe onde eu posso ajudar o time. Estou preparado, disposto a fazer o que o time precisar – completou.
Vitinho também justificou por que o técnico Renato Paiva substitui tanto os laterais durante as partidas. Segundo ele, o desgaste físico provocado pela função é a principal causa.
– Acho que a resposta disso é o GPS. O lateral é um dos jogadores que mais corre no estilo do Paiva. Se comparar 2025 com 2024, os números do GPS aumentaram bastante. Os números que bato hoje são números que eu batia na Inglaterra. Então acho que a justificativa é essa. São laterais que ele gosta que ataquem e defendam ao mesmo tempo, acaba desgastando. Se entro eu, o Ponte, o Telles, o Cuiabano, [Paiva] sabe que pode contar. Acho que a justificativa é essa, desgasta muito – afirmou.