Vitinho tem a grata coincidência de ser treinado no Botafogo por Davide Ancelotti, filho de Carlo Ancelotti, técnico da Seleção Brasileira e hoje seu comandante na Amarelinha. Entre os novatos do grupo, o lateral-direito indicou as semelhanças entre os dois treinadores italianos e exaltou a qualidade do pai, em entrevista à CBF TV.
“Já me falaram que o lado do ser humano para ele é muito importante. E para o Davide também, é um cara que se preocupa com o lado do ser humano assim, de como uma pessoa é. Acho que tem essa semelhança entre os dois. Trabalhar com o Ancelotti… ele é um dos maiores treinadores do mundo, treinou o maior time do mundo e foi campeão dos maiores campeonatos do mundo.”
O mineiro de Belo Horizonte, que tem passagem pela Seleção Sub-17 e disputou o Sul-Americano Sub-20 em 2019, não esconde a alegria de ter sido convocado pela primeira vez para a Amarelinha.
“É muito gratificante. Já tenho passagem pelas Seleções de Base e desde pequeno o grande objetivo era chegar na Seleção Principal. É um sonho que está sendo realizado. Mostra que venho trabalhando, que estou no caminho certo, porque não é fácil jogar na Seleção Brasileira, com os grandes jogadores que tem. Todo dia nasce e aparece um fenômeno.”
“Poder participar disso não tem preço, é único. Só quem participa sabe o quão maravilhoso é. Então estou muito feliz por mim, pela minha família e por todas aquelas pessoas que estavam ao meu redor.”
Primeira vez com a Seleção Principal
Esta oportunidade, porém, não é a primeira de Vitinho na Seleção Principal. Antes da Copa do Mundo de 2018, ele, que à época estava no Cruzeiro, completou treinos de preparação na Granja Comary e foi com a delegação até a Inglaterra. Na sequência, o grupo viajou com a delegação rumo ao país-sede do Mundial, a Rússia.
“Eu lembro que, quando voltei, falei que agora o objetivo era a Seleção Brasileira Principal e ser convocado realmente.”
Ainda naquele ano, o jogador de 26 anos iniciou sua trajetória no futebol europeu, tendo sido contratado pelo Cercle Brugge. Permaneceu no futebol belga até julho de 2022, quando se transferiu para o inglês Burnley e conta hoje que as mudanças foram necessárias para sua evolução pessoal e profissional.
“Depois disso, passaram muitas coisas na minha vida, mudei de time, país, cresci como homem também, não só como jogador de futebol, meu lado ser humano também aumentou. Tive que aprender muitas coisas para estar aqui hoje, então, foi um processo onde lutei, trabalhei para chegar nessa conquista. E é emocionante, é a maior seleção do mundo.”
Além de Vitinho, Kaio Jorge, Jean Lucas e Samuel Lino são os estreantes na equipe. O lateral comentou a convivência com os companheiros que têm mais tempo de Amarelinha e explicou o que esperar a Carlo Ancelotti e sua comissão técnica.
“Estou bem à vontade, os jogadores que estão aqui há mais tempo nos passam confiança e tranquilidade. No primeiro treino, já dava para sentir que consigo expressar bem o que preciso fazer, e isso é o mais importante. Venho com a cabeça tranquila. O que tenho que fazer é o que faço no meu dia a dia, porque é o que me trouxe até aqui e o que vai me fazer seguir aqui na Seleção Brasileira.”
“Venho para aprender, melhorar, porque estou jogando, treinando e passando o dia a dia com os melhores. Espero render o máximo aqui para que a gente saia com o resultado positivo nos próximos jogos.”
Seleção e Botafogo
Contratado pelo Botafogo em agosto do ano passado, Vitinho se somou ao histórico de atletas convocados pela Seleção e que atuam pelo Glorioso. O clube carioca é quem mais cedeu jogadores à Amarelinha para a disputa da Copa do Mundo e, segundo o defensor, tem papel fundamental no crescimento de sua carreira.
“O meu último ano foi o mais vitorioso. Quando vim para Botafogo, vim com o objetivo de ser campeão da Libertadores, do Brasileiro, de jogar bem e consequentemente ter a minha chance na Seleção e foi o que aconteceu. Hoje representar a camisa do Botafogo junto com a Seleção é especial. Sou muito grato à torcida do Botafogo e ao estafe do Botafogo, que me ajudou diariamente a estar aqui. Se eu estou aqui, é por causa do estafe do Botafogo.”
A partir de sua convocação, ele teve a oportunidade de reencontrar Luiz Henrique, com quem se sagrou campeão da Libertadores e do Brasileirão no ano passado.
“O Luiz é um cara especial, de coração gigante. Merece tudo que está vivendo e fico feliz por encontrá-lo aqui. Ele é ídolo do Botafogo, o que ele fez na final (da Libertadores) está marcado na história. Espero que seja a primeira de muitas convocações com ele. Para mim é especial jogar com ele. No momento mais vitorioso da minha vida, ele estava do meu lado, me ajudando, então sou grato por todo esse momento que vivemos juntos.”