Sueli Alcântara, viúva de Maurão, ex-motorista do ônibus do Botafogo que faleceu em dezembro de 2020 por complicações da Covid-19, ainda aguarda o pagamento de direitos trabalhistas devidos pelo clube.
Em entrevista à ESPN, ela revelou que não recebeu nada desde a morte do marido. A família de Maurão busca uma solução sem ter de precisar entrar na Justiça.
– O Botafogo não arcou com os direitos trabalhistas. Então, eu ficaria muito chateada se eu tivesse de colocar na justiça. E o Mauro, com certeza, onde ele estiver, vai ficar muito chateado. Porque nós temos um prazo para isso. O prazo é de dois anos. Já passou um ano e seis meses, e nós estamos precisando muito muito desse dinheiro. Eu gostaria de ter uma posição e que o Botafogo olhasse por um outro lado, porque foi uma coisa que ele conquistou, ele deu o sangue dele pelo Botafogo. A vida dele era o Botafogo. Então, eu acho que o Botafogo poderia olhar de uma outra maneira e nos ajudar – pediu Sueli.
Yasmin, filha única de Maurão, todas as tentativas de conversar com a administração do clube e com o departamento de recursos humanos foram esgotadas.
– No início o pessoal até atendia as nossas ligações, hoje nem isso ele fazem mais. Falavam que iam acertar com a minha mãe as pendências trabalhistas, hoje se calam diante do caso – disse.
De acordo com a família, o principal problema é em relação ao FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). A reportagem da ESPN solicitou um posicionamento do Botafogo sobre o caso, mas não conseguiu retorno.
