VP da Eagle explica estratégia no Botafogo: ‘A lógica sempre foi financiar perdas iniciais e injetar para ter uma subida. Investimento bem feito é ganho’

Danilo Caixeiro, John Textor eThairo Arruda no CT Lonier, do Botafogo
Divulgação

A imprensa e rivais batem bastante na tecla de fair play financeiro no futebol brasileiro e nos altos investimentos do Botafogo. Contudo, o planejamento da SAF é exatamente esse. VP de estratégia da Eagle Football, de John Textor, Danilo Caixeiro contou a estratégia ao podcast “Sports Market Makers”

– A ideia era essa. Por que o Botafogo virou SAF e trouxe o investimento? Porque precisava de um aporte de capital. Com as receitas e despesas que tinha naquele momento, essa conta não fechava, era bem insolvente. O clube tinha cento e poucos milhões de receita, e só de juros, devia ser isso também. Como é que você toca uma empresa desse jeito? A ideia sempre foi financiar perdas iniciais e fazer investimentos da Eagle mesmo, ou do John Textor na época, para financiar essa subida. A gente tem que perder dinheiro durante um tempo, para fazer o turnaround (retomada). Esse é o plano – explicou Danilo Caixeiro.

O alto investimento em contratações é um plano que traz receitas imediatas e futuras ao clube.

– Você falou em R$ 370 milhões de investimento e você vai olhar o resultado do Botafogo, a gente vai investir isso, vai aparecer lá a nossa queima de caixa, o dinheiro saindo do nosso bolso, e vai aparecer também no nosso resultado, uma amortização grande do valor desses atletas. Só que um atleta que tem, 21, 22 anos tem mais cinco anos de contrato, está jogando num time que está performando lá em cima, em primeiro no Brasileiro, na final da Libertadores, o valor econômico dele aumentou. Se a gente fosse trabalhar aqui em termos de amortização econômica, se a gente fosse marcar mercado, isso é ganho. Sem dúvida – analisou.

– O investimento, se for bem feito, é ganho, mas não vamos perder esse nível de investimento, porque temos essa visão de que deveria ser muito maior e muito melhor do que estava antes. Fomos lá e tomamos esse risco, basicamente. Mas já vemos os resultados do turnaround, quadruplicamos a receita do Botafogo em dois anos, isso com pouca venda de jogador, até o ano passado. Então, se eu fosse realmente marcar mercado, se eu fosse pensar em valorização econômica, está ali, está sendo gerado esse valor. A lógica é essa, investe, acreditamos nisso, vamos continuar investindo se achar que tem retorno – concluiu.

Fonte: Redação FogãoNET e podcast Sports Market Makers

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