Wellington Paulista recorda passagem pelo Botafogo: ‘Peguei amor tão grande na época que ficou marcado’

Wellington Paulista, ex-Botafogo
YouTube/The Player's Tribune Brasil

Wellington Paulista teve boa passagem pelo Botafogo em 2008, quando foi artilheiro da equipe com 29 gols. Em entrevista ao site “The Player’s Tribune“, o ex-centroavante recordou o tempo no clube, para o qual se transferiu após jogar no Alavés (ESP).

O Santos me negociou com o Alavés, da Espanha, eu pude fazer um bom contrato e a parte financeira ficou legal. Imagina que estreei fazendo gol de cavadinha contra o Barcelona em pleno Camp Nou?! Afemaria, séloko! Barcelona de Ronaldinho Gaúcho, Puyol, Rafa Marquez, Xavi. E o Tom lá cavando! Perdemos de 3 a 2, mas foi emocionante pacas, inesquecível. Um dia a Mooca me chamou de novo. Recebi um telefonema do meu pai contando que a minha mãe estava muito doente. Câncer no útero. E fazia tempo. Eles esconderam de mim até onde deu, pensando em não me atrapalhar na Espanha – lembrou Wellington.

Mano, eu não pensei duas vezes. Abri mão de três anos e meio de contrato, uma grana! E voltei pro Brasil. Nada era mais importante do que ficar do lado da minha mãe. Fui para o Botafogo e, no Rio, eu pude cuidar dela, do meu pai, dar uma força para eles. A torcida do Botafogo foi superlegal. Cuidou de nós três. Eles adaptaram pra mim uma música que cantavam pro Túlio Maravilha, carregavam meu pai nos ombros na arquibancada do Engenhão, abraçavam a minha mãe carequinha, de lenço na cabeça – contou, emocionado.

Wellington Paulista agradece a torcida pela recepção naquele ano.

Coisa bem bonita de ver e viver. Sou grato aos botafoguenses também. Porque, vou te falar, eu não sou um cara confiante por natureza, nunca fui. Eu não nasci confiante. Eu aprendi a ser. A minha confiança pra jogar, como eu disse, vinha da minha família, dos meus amigos, do lugar onde eu nasci. Sem eles eu não era nada. Por isso eu passei a comemorar meus gols batendo no peito. Era pra mostrar que a minha galera da Mooca estava comigo. Todos têm um espacinho nos gols que eu fiz. Eles sempre correram do meu lado, essa que é a verdade – disse.

O atacante recordou como foi a temporada no Glorioso.

Dei sorte em cair em time muito bom, Cuca tinha acabado de montar, jogamos bem, eu fazendo gol. Foi legal, foi muito bacana. Pena que machuquei o ombro mais perto do fim do ano, já tinha 29 gols, imagina se tivesse jogado mais três meses. Sempre fui muito de ganhar, de conquista, tem que marcar nome com conquista. Se não ganhar não vai ficar marcado. Acabou musiquinha, gol, festa, torcida. Abraçaram meu pai e minha mãe, peguei amor tão grande pelo Botafogo na época que ficou marcado – completou.

Fonte: Redação FogãoNET e The Player's Tribune

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