Análise: após início encaixotado, Enderson abre o time e tudo flui na vitória do Botafogo sobre o Brusque

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Análise: após início encaixotado, Enderson abre o time e tudo flui na vitória do Botafogo sobre o Brusque
Vitor Silva/Botafogo

O dever de casa foi feito. O Botafogo recebeu o Brusque no Nilton Santos e venceu por 3 a 0. Os gols foram marcados por Rafael Navarro (2) e Marco Antônio. Depois de um início complicado, Enderson Moreira mexeu na disposição das peças para chegar à vitória. O resultado levou o time aos 55 pontos, a três vitórias do sonhado acesso.

Para seguir na batida rumo à Série A, o ótimo desempenho como mandante é a chave do sucesso alvinegro. O time jogou 16 vezes no Nilton Santos, venceu 13, empatou uma e perdeu duas partidas. Marcou 34 gols e sofreu dez. 40 dos 55 pontos alvinegros foram conquistados em casa. Com fé nesses números, Enderson escalou o time para enfrentar os catarinenses e trouxe uma surpresa: Hugo foi escalado como o titular da lateral-esquerda. O jogador participou de apenas cinco jogos no campeonato e não atuava desde a vitória sobre o Vila Nova em agosto.

Na lateral-direita, Daniel Borges e Jonathan Lemos revezam na função. Depois de dois jogos com Jonathan como titular, foi a vez de Daniel assumir a vaga. Quem também voltou a começar um jogo depois de dois jogos foi Diego Gonçalves. Ainda em busca de recuperar o melhor futebol desde que retornou de lesão, o atacante entrou no lugar de Marco Antônio, que foi mal e saiu machucado contra o Cruzeiro. Em 25 jogos na Série B, o camisa 11 marcou cinco gols, distribuiu duas assistências, além de ser o segundo jogador com mais dribles bem sucedidos no time, atrás apenas de Chay.

Análise Botafogo x Brusque

A presença de Diego Gonçalves no lado esquerdo mudou um pouco a disposição do time em relação aos últimos jogos. Quando atua por ali, Marco Antônio faz a função de um ponta construtor, taticamente muito dedicado, ocupando a posição na beirada do campo, oferecendo-se para um jogo apoiado e buscando o jogo em diagonal com a bola. Já Diego é um atacante, procura jogar mais perto da área e se movimenta muito para receber a bola, sem guardar posição. Se a movimentação é um trunfo, na partida contra o Brusque gerou também um problema na esquerda. Hugo subiu para atacar a última linha da defesa e não teve companhia, pois Diego já estava posicionado por dentro e Barreto oferecia pouco suporte ao ataque.

Ao mesmo tempo, Warley não conseguia aparecer como alternativa no lado direito. A grande dificuldade do Botafogo no começo do jogo foi executar o jogo pelas laterais de forma efetiva, centralizando demais as ações. Enderson percebeu e tentou corrigir o problema, a partir dos 20 minutos. Abriu e segurou um pouco mais Diego no lado esquerdo, por onde algumas jogadas passaram a acontecer. O treinador também estimulou a subida dos volantes para apoiar o jogo no último terço do campo. Com as posições mais definidas, Chay passou a fazer a movimentação de lado a lado para fazer o jogo acontecer. Assim, o Glorioso empurrou o adversário para trás, deu velocidade ao jogo e passou a pressionar.

Aos 27 minutos, Chay encontrou grande passe para Hugo. O lateral encontrou a área bem povoada, com Pedro Castro como opção, mas o volante perdeu o gol. Quatro minutos depois, Warley teve chance e também finalizou mal. Vieram, então, os gols anulados. Primeiro, aos 32, Warley marcou mal a linha de impedimento pelo lado direito e o VAR anulou o gol de Navarro. Aos 41, a desatenção foi de Diego Gonçalves que provocou o impedimento. No minuto seguinte, Diego conduziu da esquerda para dentro e finalizou. A bola bateu na zaga e sobrou para Navarro balançar as redes pela terceira vez. Agora, o VAR entrou em ação para corrigir o impedimento mal marcado e validar o gol.

Análise Botafogo x Brusque

O gol fez justiça ao excelente final de primeiro tempo que o Botafogo fez. O time conseguiu 12 finalizações na primeira etapa, quatro delas na direção do gol. O Brusque até teve alguns contra-ataques à disposição, mas faltou velocidade e qualidade para definir os lances. Na única finalização certa, Diego Loureiro apareceu muito bem para defender. Quando o árbitro apitou o final dos primeiros 45 minutos, o Botafogo tinha o jogo sob absoluto controle.

O desafio para o segundo tempo foi semelhante ao de outras partidas: manter o mesmo ritmo, a mesma pressão, para buscar mais gols e correr o risco de oferecer o contra-ataque ou jogar de forma mais segura, controlando a posse de bola e a vantagem no placar. A opção lógica foi por tentar manter o ritmo do final do primeiro tempo. A postura foi mantida, mas o time não conseguiu circular a bola da mesma maneira, principalmente por não conseguir manter o mesmo nível de acerto nos passes. Por isso, o Glorioso criou e finalizou menos.

Os catarinenses até conseguiram equilibrar o jogo durante alguns minutos, mas não foram capazes de levar perigo e dependiam apenas de cruzamentos para a área. A defesa alvinegra esteve atenta e segura para afastar as ameaças. Quando o Botafogo recuou as linhas e cedeu a bola ao Brusque, nada aconteceu. E foi assim que o time conseguiu chegar ao segundo gol. Depois de uma roubada de Diego Gonçalves no campo de defesa, em poucos toques na bola e poucos segundos Warley foi derrubado na área. Pênalti anotado com o auxílio do VAR e gol de Rafael Navarro. Segundo dele no jogo e 11º no campeonato.

Daí em diante o Brusque se desmantelou, foi para o ataque abandonando qualquer organização e o Botafogo acumulou chances perdidas de sacramentar a vitória. Diego Gonçalves, em atuação de altos e baixos, errou bastante na definição de jogadas. Marco Antônio, que entrou já na reta final, aproveitou muito bem a chance que teve e matou o jogo. Destaque para Rafael Moura e Pedro Castro na criação da jogada do terceiro gol. Mais uma vitória dentro de casa, euforia nas arquibancadas do Nilton Santos e o horizonte cada vez mais próximo para que o Botafogo volte ao seu lugar.

Análise Botafogo x Brusque

O Botafogo volta a campo na próxima terça-feira (26) contra o Goiás em Goiânia. O Esmeraldino é o terceiro colocado com 52 pontos e um dos principais adversários na luta pelo acesso.

Números do jogo: (Sofascore)

Posse de bola – BOT 50% x 50% BRU
Passes certos – BOT 291 (79%) x 291 (81%) BRU
Cruzamentos – BOT 4/12 (33%) x 4/22 (18%) BRU
Bolas longas – BOT 33/58 (57%) X 38/68 (56%) BRU
Dribles – BOT 6/11 (55%) x 4/6 (67%) BRU
Finalizações – BOT 24 (9 no gol) x 7 (2) BRU
Finalizações dentro da área – BOT 14 X 2 BRU
Chances claras – BOT 2 x 0 BRU
Disputas de bola vencidas – BOT 39 x 41 BRU
Disputas aéreas vencidas – BOT 11 x 7 BRU
Desarmes – BOT 9 X 10 BRU
Cortes – BOT 9 x 13 BRU
Interceptações – BOT 17 x 14 BRU
Faltas – BOT 21 x 14 BRU

Fonte: Redação FogãoNET

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