Análise: Botafogo erra muitos passes, para em jogo físico da LDU e não sai do 0 a 0

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Análise: Botafogo erra muitos passes, para em jogo físico da LDU e não sai do 0 a 0
Vitor Silva/Botafogo

Depois da vitória no clássico do final de semana pelo Brasileirão, o Botafogo encarou outro jogo decisivo, agora, pela Copa Sul-Americana. O Glorioso recebeu a LDU no Nilton Santos e não passou de um 0 a 0 em partida que valia a liderança do grupo A. Depois de um primeiro tempo em marcha lenta com muitos erros de passes, o time melhorou com as substituições na segunda etapa, finalizou 12 vezes, mas não conseguiu marcar o gol da vitória. Após três jogos, o Alvinegro é o segundo colocado do grupo com cinco pontos, dois pontos atrás do time equatoriano.

Castro planejou duas mudanças em relação ao time que venceu o Flamengo no último domingo. O treinador mexeu nos dois pontas, apostando em uma equipe com características diferentes. Se Junior Santos e Victor Sá oferecem mais comprometimento na fase defensiva e velocidade no contra-ataque, Gustavo Sauer e Luis Henrique, os titulares nesta quinta-feira, são jogadores mais técnicos, com maior capacidade de causar impacto em um jogo propositivo. Uma terceira alteração foi forçada por um incômodo sentido por Rafael no aquecimento. O argentino Di Placido iniciou a partida como titular da lateral-direita.

Análise Botafogo x LDU

O começo de jogo foi morno, com as equipes procurando entender a estratégia adversária. A dinâmica defensiva da LDU, ora defendendo em 3-4-3, ora em um 4-5-1, não cedeu muitos espaços ao ataque alvinegro, que, apesar da maior posse de bola, pouco criou nos minutos iniciais. Os equatorianos colocaram em prática um jogo muito físico e não hesitaram em parar a partida com faltas. A primeira finalização do jogo foi apenas aos 15 minutos em uma cabeçada de Adryelson defendida pelo sem perigo goleiro. O zagueiro voltou a acertar o gol aos 26, mais uma vez em lance de escanteio.

Em um ritmo baixo, alguns erros de passes surgiram quando o Glorioso tentou acelerar e verticalizar o jogo, o que minou a fluidez do ataque. Eduardo chamou atenção pelos desperdícios de bola em passes errados e decisões ruins. Tiquinho mostrou sua luta habitual para reter a bola e envolver os companheiros nas jogadas, mas Sauer e Luis Henrique pouco participaram do jogo. Danilo Barbosa e Tchê Tchê tiveram mais preocupações defensivas sem os extremos que recompõem melhor e foram tímidos nas subidas ao ataque. Dessa forma, faltou aproximação entre os jogadores para buscar tabelas e triangulações a fim de movimentar a defesa adversária e criar espaços para serem atacados.

A LDU controlou melhor a bola e equilibrou a posse a partir dos 20 minutos. Ainda assim, a primeira finalização dos visitantes saiu somente aos 36 minutos, em cobrança de falta defendida por Lucas Perri. Confortável em campo, o time de Quito manteve-se fiel ao plano de jogo de pouca exposição na defesa e velocidade na transição para o ataque. A vantagem de dois pontos na classificação do grupo tornou o empate no Nilton Santos um bom resultado para os equatorianos que ainda jogarão duas vezes como mandante nesta fase.

Castro voltou sem alterações para o segundo tempo, buscando uma mudança de posicionamento e de postura da equipe em campo. Com Tchê Tchê mais adiantado, o time teve mais opções de trocas de passes rápidos e curtos. O Botafogo ganhou presença no campo de ataque e volume de jogo desde os primeiros minutos do retorno do intervalo. Apesar disso, foi pelo alto que o Alvinegro voltou a levar perigo aos três minutos, novamente com Adryelson levando a melhor de cabeça em cruzamento de Marçal. Mais próximo da área, Tchê Tchê aproveitou uma retomada de bola e finalizou forte de fora da área aos oito minutos.

Aos 18, o treinador promoveu as entradas de Junior Santos e Victor Sá nos lugares de Gustavo Sauer e Luis Henrique. Sauer pareceu sem confiança e desperdiçou oportunidades de finalização da entrada da área. Já Luis Henrique até aumentou seu envolvimento no ataque na segunda etapa, mas conseguiu se impor sobre a marcação. Em poucos minutos, Victor Sá melhorou a dinâmica de ataque do time, dando sequência aos lances de ataque sendo muito incisivo nas situações de um contra um.

Danilo Barbosa sofreu uma lesão muscular na coxa e deixou o campo aos 20 minutos. O volante, peça fundamental no equilíbrio do time de Castro, foi substituído por Lucas Fernandes. O meia entrou bem e passou a ser o jogador mais ativo na criação do Botafogo, enquanto Tchê Tchê guardou posição mais defensiva e Eduardo manteve o padrão errático do primeiro tempo, em sua pior atuação com a camisa alvinegra.

O jogo ficou aberto na reta final, com o Botafogo lançado ao ataque em busca da vitória e a LDU levando perigo nos contra-ataques. Os equatorianos até tiveram a melhor chance do jogo em batida com efeito de fora da área que terminou em grande defesa de Perri. Nos últimos 20 minutos de jogo, em meio ao fogo cruzado, foram oito finalizações (5 x 3 para o Botafogo).

Análise Botafogo x LDU

O Glorioso recebe o Galo no próximo domingo (7), às 18:30h, no Nilton Santos. O confronto de alvinegros vai colocar frente a frente o time com a menor média de posse de bola nas primeiras três rodadas do Brasileirão (o Botafogo com 32,7%) contra o líder na estatística (o Atlético Mineiro com 65,7%).

Números do jogo: (Sofascore)

Posse de bola – BOT 54% x 46% LDU
Passes certos – BOT 334 (81%) x 282 (77%) LDU
Finalizações – BOT 16 (6 no gol) x 11 (6) LDU
Finalizações dentro da área – BOT 8 x 3 LDU
Grandes chances criadas – BOT 0 x 0 LDU
Desarmes – BOT 9 x 13 LDU
Interceptações – BOT 8 x 10 LDU
Cortes – BOT 15 x 25 LDU
Cruzamentos – BOT 7/27 (26%) x 2/12 (17%) LDU
Bolas longas – BOT 32/50 (64%) x 18/45 (40%) LDU
Dribles – BOT 11/22 (50%) x 7/12 (58%) LDU
Disputas de bola vencidas – BOT 53 x 44 LDU
Disputas aéreas vencidas – BOT 13 x 17 LDU
Faltas – BOT 7 x 20 LDU
Cartões amarelos – BOT 0 x 6 LDU

Fonte: Redação FogãoNET

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